Monday, December 8, 2008

Dois rostos, a mesma vontade de ajudar

Presidente e Provedor da Lousã

Na visita ao concelho da Lousã, Ivor Ambrose, director administrativo da ENAT, rede de turismo europeia, e Mieke Broeders, directora da organização belga Toegankelijkheidsbureau, ficaram a conhecer ao pormenor o projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível", que consideraram uma excelente oportunidade para a Europa.

Como apurou o DIÁRIO AS BEIRAS, "a satisfação" de Ivor Ambrose e Mieke Broeders abriu uma janela de colaboração entre a equipa coordenadora do projecto, a Provedoria Municipal das Pessoas com Inacapacidade e a Câmara Municipal da Lousã, pelo que está em estudo o apoio de Ambrose e de Broeders na promoção e divulgação do projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível" a nível internacional. Recorde-se que os municípios de Ávila e Reus (Espanha) e La Rochelle (França) vão participar no projecto de cooperação transnacional para a criação de uma rede de destinos turísticos acessíveis liderado pelo Município da Lousã.

Beneficiar do trabalho desenvolvido na área da acessibilidade ao longo de décadas, tendo a autarquia e a ARCIL como referências, são alguns dos objectivos do projecto dedicado aos cidadãos com mobilidade condicionada, e que inclui, ainda, além da certificação da acessibilidade da oferta turística do concelho, a construção de uma "cultura de acessibilidade", constituindo-se, também, como uma oportunidade no capítulo económico, de acordo com o volume de mercado a nível europeu - abrange 50 milhões de pessoas.

Pedro Machado, presidente da ARPT Centro de Portugal, considera que o projecto "qualifica, distingue e diferencia este destino da marca Centro de Portugal", desejando "que se converta numa ferramenta para os cidadãos que precisam de maior atenção".

Na reunião de trabalho com a coordenação do projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível, da Câmara Municipal da Lousã, Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade e várias entidades da estrutura de missão, Mieke Broeders, do Toegankelijkheidsbureau, explicou a dinâmica do gabinete de acessibilidade da organização belga que "pretende promover um design para todos, e a acessibilidade e utilização da habitação, dos edifícios públicos, transportes e serviços para todos". Segundo Mieke Broeders, o comité de gestão do Toegankelijkheidsbureau integra "também pessoas incapacitadas e o gabinete de acessibilidade procura dar resposta às necessidades dos idosos e das pessoas com incapacidades".

Já ENAT, explica Ivor Ambrose, "quer ajudar a tornar os destinos turísticos, produtos e serviços europeus acessíveis a todos". A rede promove a partilha de experiências entre todos os agentes do sector turístico, "de modo a que aprendam uns com os outros e colaborem". Ao mesmo tempo, a ENAT apoia o desenvolvimento "de boas políticas como forma de sensibilização em questões de acessibilidade no turismo europeu".

Fernando Carvalho, presidente da Câmara Municipal da Lousã, considera o interesse dos dois técnicos fundamental na evolução do projecto a nível internacional, já que a experiência que possuem irá contribuir certamente para a eficácia das soluções que vierem a ser definidas.

Aliás, segundo Ernesto Carvalhinho, "gostaram das pessoas e da autarquia" e mostraram-se disponíveis para colaborar no projecto Lousã, Destino de Turismo Acessível. "São dois especialistas a nível europeu e mundial, e dirigem entidades de alto nível e com enorme aceitação nomeadamente na União Europeia", explica.

O provedor das Pessoas com Incapacidade da Lousã começou a trabalhar com Ivor Ambrose e Mieke Broeders em 1993, na altura "em problemas em torno da ARCIL". São pessoas, acrescenta, "que já conhecem a realidade da Lousã, aparecem na sequência da credibilização da própria ARCIL e estão disponíveis para apoiar a concretização de um projecto com o nível de qualidade a que estão habituados, contribuindo, ao mesmo tempo, para a sua internacionalização".

Fonte: “Diário as Beiras”

Trabalho reconhecido por entidades públicas na entrega de mais selos

provedor

Lousã "olímpica" em termos de acessibilidade

Mais 40 estabelecimentos do concelho da Lousã estão assinalados com o selo "Lousã Acessível", juntando-se aos cerca de 68 já dotados dessa marca, que indica que o local tem acessibilidade autónoma do exterior para o interior e espaço para mobilidade interna. A entrega dos selos que, desta vez, foi acompanhada de um certificado de reconhecimento de boas práticas, decorreu quinta-feira, dia 13, no auditório da Biblioteca Municipal

Maria João Borges

Além de representantes das entidades públicas e privadas que receberam os selos, a cerimónia contou com a presença de Jorge Umbelino, do Conselho Directivo do Turismo de Portugal e da sub-directora do Instituto Nacional para a Reabilitação, Alexandra Pimenta. Esteve ainda uma representante de uma associação belga especializada em turismo e acessibilidades, a sócia-gerente da primeira agência de viagens portuguesa dirigida a cidadãos com deficiência, e ainda o director executivo da ENAT (European Network for Accessible Tourism - rede europeia de turismo acessível), da qual o Município da Lousã faz parte.

Do lado das entidades públicas, não foram poupados elogios ao trabalho que o concelho está a desenvolver no âmbito da acessibilidade, de uma maneira geral, e de uma acessibilidade que transforme a Lousã no primeiro destino turístico do país, em particular. Alexandra Pimenta caracterizou o projecto como "inovador", que "tem permitido a nós, como entidade pública, divulgar a iniciativa além-fronteiras". A sub-directora do Instituto Nacional para a Reabilitação afirmou ainda que o concelho é um "exemplo" de como "só uma parceria global entre todos os sectores da comunidade torna possível uma sociedade inclusiva". A todos aqueles que receberam o selo, Alexandra Pimenta lançou o desafio de ainda irem mais além, criando projectos mais ambiciosos na área da acessibilidade.

Para Jorge Umbelino, do Turismo de Portugal, criar um destino turístico acessível para todos é uma questão de inteligência, do ponto de vista do exercício de cidadania e por uma questão economicista. "Todos têm consciência que as pessoas com mobilidade reduzida são muitas, a começar por todos os idosos, o que traz uma dimensão de negócio que é tudo menos de desconsiderar", salientou. "Este projecto é olímpico, caso único no país... A Lousã é um farol que vai à frente dos outros concelhos", acrescentou, cumprimentando não só a autarquia, ou a ARCIL, mas todos os lousanenses, por entender ser um trabalho de toda a comunidade.

"A Escapadinha da Lousã"

No dia 20 de Dezembro, a revista "Perspectiva", publicada pelo jornal Público edita um artigo de duas páginas sobre as ofertas turísticas acessíveis que o concelho da Lousã já pode oferecer. Um jornalista tetraplégico, da agência de viagens Accessible Portugal, esteve na Lousã e visitou alguns locais que vão ser alvo de selecção. Será o segundo de seis artigos que a agência de viagens terá a oportunidade de publicar, no âmbito de um acordo estabelecido com o jornal. "Quando o Público fez um trabalho sobre a nossa agência ficou muito entusiasmado com o nosso trabalho e questionou se nós não queríamos propor destinos turísticos acessíveis às pessoas", contou Ana Garcia, sócia-gerente da empresa. O primeiro artigo saiu este domingo na revista e foi sobre Lisboa. O segundo será sobre a Lousã e intitula-se "A Escapadinha da Lousã".

A Accessible Portugal começou como uma empresa de animação turística, tornando-se, posteriormente, numa agência de viagens para pessoas com deficiência e suas famílias, para que todos possam sentir-se em férias. As pessoas que fazem parte da agência lidam no seu dia-a-dia com portadores de deficiência dependentes, pelo que a percepção de que todos, pessoa com deficiência e família, deviam ter direito a férias, motivou a criação da agência. "Fazer um safari no Quénia é possível, fazer esqui é possível, desde que seja adaptado", mostrou Ana Garcia, acrescentando que as ofertas de destinos acessíveis são escassas em Portugal e que os alojamentos não estão preparados para receberem grupos alargados. "Só uma casa de banho e dois quartos adaptados não chegam".

Mais informações sobre a agência em http://www.accessibleportugal.com/

Fonte: Jornal Trevim

Tuesday, November 18, 2008

3.ª CERIMÓNIA DE ENTREGA DO SELO “LOUSÃ ACESSÍVEL”

Auditório da Biblioteca Municipal da Lousã

Foi no dia 13 de Novembro de 2008


15h30m - Sessão de Abertura

— Fernando Carvalho – Presidente da Câmara Municipal da Lousã
— Luísa Portugal – Directora do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P.
— Jorge Umbelino – Vogal do Conselho Directivo do Turismo de Portugal, I.P.
— Pedro Machado – Presidente do Turismo do Centro de Portugal

16h15m
— José Ernesto Carvalhinho – Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade da Lousã
— Ana Garcia - Sócia gerente da Accessible Portugal
- Apresentação da Escapadinha “ Lousã Acessível”
— José Arruda – Associação de Deficientes das Forças Armadas
— Mieke Broeders – Associação especializada em Turismo e Acessibilidades “ Toegankelijkheidsbureau”
— Ivor Ambrose - Director Executivo da ENAT (European Network for Accessible Tourism)

16h30m
● Entrega de 37 Selos “Lousã Acessível” a estabelecimentos públicos e privados do concelho da Lousã

Moderador: Filipe Carvalho – Coordenador do projecto “Lousã, Destino de Turismo Acessível”

Monday, November 17, 2008

Lousã é o “farol” do turismo acessível em Portugal

selo Lousã

A Lousã é um «farol que vai à frente dos municípios portugueses» no turismo acessível para todos, afirmou ontem Jorge Umbelino, do conselho directivo do Turismo de Portugal, na cerimónia de entrega do selo «Lousã Acessível» a 40 novos estabelecimentos que se tornaram acessíveis a pessoas com incapacidade.

«O turismo acessível é uma questão de inteligência por dois motivos: primeiro porque se trata de um exercício de cidadania e cultura e, por outro lado, pelas razões económicas», frisou o responsável, destacando a dimensão de negócio que, no futuro, vai resultar do facto das pessoas viverem mais tempo e, consequentemente, mais condicionadas fisicamente.

Salientando que o projecto “Lousã, Destino de Turismo Acessível” é «único e olímpico», Jorge Umbelino destacou a iniciativa daquele município por se tratar de um projecto colectivo, que envolve todos os sectores da comunidade.

A subdirectora do Instituto Nacional para a Reabilitação, Alexandra Pimenta, que também interveio na sessão, considerou o projecto da autarquia da Lousã um «exemplo» que é frequentemente apontado em reuniões no estrangeiro como um modelo a seguir.

Alexandra Pimenta salienta que o projecto da Lousã envolve autarquia, agentes económicos, instituições e população só assim «se consegue uma sociedade inclusiva para todos».

Com a atribuição de mais 40 selos “Lousã Acessível”, o concelho possui actualmente 108 estabelecimentos certificados, segundo adiantou o Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade, José Ernesto Carvalhinho, entidade responsável pela atribuição dos dísticos.

Para o presidente da autarquia, Fernando Carvalho, o turismo acessível é já «uma imagem de marca da Lousã».

O autarca socialista congratula-se pelo facto do seu município constituir o «primeiro destino acessível certificado», adiantando que está em fase de aprovação uma outra parte do projecto, no âmbito de uma candidatura conjunta com Ávila e Palma de Maiorca, que visa a intervenção pública em espaços urbanos.

O evento serviu ainda para a apresentação da Escapadinha “Lousã acessível”, um fim-de-semana que será comercializado pela Accessible Portugal, a primeira agência de viagens nacional direccionada para pessoas com mobilidade condicionada.

No âmbito desta temática, realiza-se hoje na Lousã uma sessão de trabalho para sensibilizar técnicos e empresários da construção civil para a necessidade das acessibilidades serem um factor a considerar logo na elaboração dos projectos de arquitectura e não um «apêndice», como sucede actualmente.

Fonte: “Diário de Coimbra”

Lousã pensa "à frente"

provedor pensa a frente

ERNESTO CARVALHINHO

Lousã pensa "à frente"

Com a aprovação da candidatura ao Programa Operacional de Potencial Humano, afirma Ernesto Carvalhinho, Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade, e com a equipa que está em formação "estão criadas as condições para fazer da Lousã um lugar diferente e muito bom para quem nele habita e para quem o visita, especialmente as pessoas com incapacidade".


As pessoas que já aderiram ao projecto têm um papel importante a desempenhar: "pretendemos que tragam outras, de modo a que existe uma adesão forte de quem habita e de quem tem negócios no concelho". Por outro lado, explica Ernesto Carvalhinho, o projecto permitirá conhecer com detalhe a realidade da Lousã no capítulo da incapacidade, de modo "a encontrar medidas que resolvam este tipo de situações".


O provedor salienta as parcerias nacionais e internacionais estabelecidas até ao momento na sequência de um projecto que tornará o concelho o primeiro destino acessível do país, mas "qualificando de uma forma geral o turismo da Lousã".

Várias entidades locais "têm consciência dos benefícios" do projecto de que Ernesto Carvalhinho é um dos principais obreiro e, de acordo com o planeamento de obra já aprovados, "as pessoas vão sentir já no próximo ano mudanças concretas".

Para o Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade o projecto representa uma alteração radical no nível de intervenção. "Os objectivos e a actividade da provedoria passa de um nível de realização meramente local e, se quiser, da obrinha, para um trabalho global. Neste momento está em estudo um plano de acessibilidades que vai permitir ter legislação e perceber do que a Lousã precisa para ser mais acessível".

O projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível" está "a mexer com o núcleo da sociedade e está a dotar todos os habitantes, e não só os habitantes com incapacidade, com um nível de resposta melhor".

Fonte: “Diário as Beiras”

Wednesday, November 5, 2008

Acessibilidade à qualidade de vida

Dr. Filipe


FILIPE CARVALHO Coordenador do projecto

Acessibilidade à qualidade de vida

Mário Nicolau

Com o projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível", o concelho tem muito a ganhar em várias frentes.

Requisitado ao Ministério da Economia, Filipe Carvalho assumiu a 1 de Setembro deste ano a coordenação do projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível".



Tornar a Lousã o primeiro destino de turismo acessível de Portugal é o principal objectivo do projecto, que "criará um conjunto de condições ao nível do turismo e das acessibilidades, eliminando barreiras físicas e arquitectónicas de modo a que todos os cidadãos possam usufruir de tudo o que a Lousã oferece".



De acordo com o projecto, foi criado o selo "Lousã Acessível", no âmbito da Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade, que sinaliza os estabelecimentos públicos e privados, empresas e instituições que "possuem condições de acessibilidade ou espaços para pessoas com incapacidade". Não garante, acrescenta, "100 por cento de acessibilidade, mas é um princípio que está em desenvolvimento e no próximo 10 de Novembro serão entregues mais 45 selos a várias instituições, pelo que, com os 68 que já foram entregues, será ultrapassada a centena de espaços públicos e privados com esta marca".



Neste momento, considera Filipe Carvalho, "já temos uma oferta turística acessível, tendo em conta que temos um conjunto unidades hoteleiras - hotel, pousada da Juventude, unidades de turismo rural e uma pensão -, de restauração - bares, restaurantes e discoteca - e vários serviços que estão de acordo com as exigências". A loja de xisto do Candal, que vende artesanato, também é acessível. Por outro lado, Fernando Carvalho, presidente da Câmara Municipal da Lousã pretende que no próximo de concurso para licenças de táxi incluirá uma para um veículo adaptado a pessoas com mobilidade reduzida. As obras no Metro de superficie, por acção da autarquia e da própria Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade, são "influenciadas" pelo desenvolvimento do projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível".



O cruzamento do turismo de natureza com o turismo acessível é outra das vertentes do projecto. "Pretendemos desenvolver um turismo de natureza mais acessível, criando nos espaços naturais condições de fácil acesso para todos independentemente da idade, ou seja, idosos, pessoas com limitação temporária ou incapacidade permanente, seja uma criança num carrinho de bebé.





Estamos, no fundo, a falar do conceito europeu: turismo para todos".



A "cultura de acessibilidade" existente no concelho favorece a evolução do projecto, pois, afirma Filipe Carvalho, "a ARCIL educou as consciências e alertou para a necessidade de criar condições para os utentes da instituição e para a própria população, pois é bom lembrar que este projecto representa uma melhoria, num primeiro nível, para a vida dos residentes e de quem visita a Lousã".



A aceitação do projecto nos "institutos, direcções regionais e outros organismos", acrescenta, "pode considerar-se invulgar e neste caso temos encontrado mais facilidades do que dificuldades", contando com "apoios fortes a nível central e regional desde a nova Entidade Regional de Turismo, que assume este projecto como marca da nova área, passando pelas organizações ligadas ao Ministério da Economia, à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional".



Além da candidatura ao Programa Operacional de Potencial Humano, "que já está aprovada e que permite a instalação da equipa técnica, incluindo também a concepção de conteúdos, troca de experiências, lançamento de iniciativas acessíveis, estudos de acessibilidade, entre outras", foi, também, lançada uma candidatura ao projecto Intereg, que prevê a criação de uma rede de destinos de turismo acessível a nível europeu. "A Câmara Municipal da Lousã, que tem a motivação do turismo de natureza, é a chefe de fila do projecto que integra Ávila, cidade património mundial, e Las Palmas, que é um destino de sol e mar, explica o coordenador do projecto.



Para o próximo mês, na Lousã, está agendada uma reunião com responsáveis da European Network for Acessible Tourism, de que a Lousã faz parte e que integra várias empresas portuguesas, nomeadamente a Accessible Portugal, a primeira agência de viagens especializada neste sector e "que tem especial interesse no projecto que estamos a desenvolver". Os responsáveis da agência "já estiveram na Lousã e, neste momento, estamos a propor programas numa ligação directa ao mercado e aos operadores".



Por último, a candidatura ao Programa Operacional Temático de Valorização do Território prevê a intervenção ao nível das infra-estruturas, ou seja, remodelação de vias de comunicação.

Fonte: “Diário as Beiras”

Estratégia não é de agora

Dr. Fernando

FERNANDO CARVALHO

Estratégia não é de agora

O presidente da Câmara Municipal da Lousã sublinha as virtudes do projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível", mas lembra que o trabalho, nas acessibilidades, já vem de trás.

Sem a aprovação da candidatura ao Programa Operacional de Potencial Humano (POPH), afirma Fernando Carvalho, os objectivos do projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível" seriam "concretizados num espaço de tempo mais alargado".



Segundo o autarca "esta candidatura não está sozinha, existindo uma outra ao Intereg e mais uma, em termos de obra física, ao plano operacional de valorização do território".



Neste momento, o concelho é uma referência quer a nível nacional, quer a nível internacional neste domínio e, explica Fernando Carvalho, "conta com um conjunto de colaborações neste projecto que conduziu, com base na experiência anterior e adquirida no terreno, na procura de soluções para os problemas das acessibilidades, ao êxito da candidatura".



Nos últimos anos, no capítulo das acessibilidades, garante Fernando Carvalho, "e sem que estivesse aprovada" candidatura ao Programa Operacional de Potencial Humano, pelo que "já tínhamos preocupações a esse nível". A intervenção na Rua Pires de Carvalho, na Praia Fluvial de Casal de Ermio e a requalificação da Praceta do Mercado são exemplos das intervenção realizadas antes da aprovação da candidatura ao POPH, "o que demonstra que já tínhamos trabalho feito, não propriamente na área do turismo, mas numa área mais ampla, ou seja, em termos de acessibilidade total".



Resolver a questão das "acessibilidades para todos" é o principal objectivo de um projecto que terá consequências no tecido económico e social do concelho da Lousã. "No caso concreto do turismo, vamos passar a ter uma oferta de serviços que hoje não existem. Quem nos visite, agora, e que tenha incapacidade permanente dificilmente encontrará uma resposta ideal. Queremos ter um conjunto de serviços para oferecer às pessoas com incapacidade, o que é um nicho de mercado importante. Aliás, no próximo número da revista portuguesa especializada no turismo acessível, a Lousã surgirá já como uma referência nesta área", conclui.

Fonte: “Diário as Beiras”

Monday, October 27, 2008

Grupo Técnico de Acessibilidades reúne

provedoria

Grupo Técnico de Acessibilidades reúne

Bancos e escolas alvo de levantamento a nível de acessibilidade

Reuniu na manhã do dia 4, no Lagar Mirita Sales, o Grupo Técnico de Acessibilidades da Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade.



O encontro teve como objectivo apresentar o ponto da situação de alguns projectos em que a provedoria está envolvida. Além do projecto “Lousã: Destino de Turismo Acessível” (ver texto ao lado), foram apresentados os levantamentos efectuados pela provedoria a nível de acessibilidade, feito o ponto da situação do percurso “Trilho do Espigão Acessível” e ainda do “Selo Acessível”.

A provedoria analisou a acessibilidade de instituições bancárias, dos multibancos e dos jardins-de-infância, escolas básicas e EB2,3. “Conversámos com os gerentes dos bancos para resolver as anomalias encontradas e as restantes necessidades, nomeadamente a nível dos estabelecimentos de ensino, foram encaminhadas para a Câmara Municipal, que é a entidade responsável”, referiu a técnica Isabel Dias. “O caso da EB 2,3 é que está parado até se definir quem fica com as instalações, se a Câmara ou o Ministério da Educação”, referiu o Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade, Ernesto Carvalhinho. “Mas era bom que fossem feitas obras com urgência”, atalhou João Henriques, assessor do provedor, na medida em que há crianças com deficiência a frequentarem o estabelecimento. A principal prioridade encontrada é a criação de uma casa de banho adaptada, ainda inexistente.

Foi também dado a conhecer o ponto da situação do percurso pedestre “Trilho do Espigão Acessível”, sendo o único caminho pedestre acessível já projectado. O percurso foi pensado para que seja possível a observação dos veados, usufruindo da paisagem serrana. Tratando-se de um percurso acessível a todos, está a ser pensada a instalação de pisos sensoriais, bem como a colocação de sinalética adaptada. Como, entretanto, foi instalado no local um parque eólico, António Queirós, técnico de percursos pedestres, está em conversações com a empresa que instala as turbinas a fim de conseguir algum financiamento para a criação do percurso. Em relação ao selo acessível, serão entregues, no dia 10 de Novembro, mais dísticos, alguns a oficinas e fábricas, ultrapassando-se a fasquia de mais de cem selos atribuídos.

Fonte: Jornal Trevim

Lousã acolhe reunião do projecto MIT

projecto MIT

Lousã acolhe reunião do projecto MIT
Turismo de natureza une ibéricos

Decorreu quarta-feira, dia 1, na Lousã, uma reunião de trabalho sobre turismo de natureza, no âmbito do projecto “MIT - Mobilidade, Inovação e Território”, que visa promover a valorização da realidade territorial das regiões Centro de Portugal e de Castilla e León, em Espanha

MARIA JOÃO BORGES

UMA VEZ QUE AS DUAS REGIÕES ESTÃO LIGADAS EM TERMOS GEOGRÁFICOS, CONSTITUINDO O CORREDOR IRUN-PORTUGAL, COM INSFRA-ESTRUTURAS DE TRANSPORTES RODO E FERROVIÁRIAS RECONHECIDAS A NÍVEL EUROPEU, FOI ASSINADO UM PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO EM 2005 ENTRE A JUNTA DE CASTILLA E LÉON E A COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO CENTRO, PARA A CRIAÇÃO DE UMA COMUNIDADE DE TRABALHO QUE DEFINISSE ESTRATÉGIAS DE ACÇÃO PARA A DINAMIZAÇÃO DE INICIATIVAS DE COOPERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA EM DIVERSOS SECTORES. A IDEIA É ATRAIR NOVAS ACTIVIDADES ECONÓMICAS, POTENCIAR PÓLOS INDUSTRIAIS, CRIAR SERVIÇOS COM MAIOR VALOR ACRESCENTADO E INCENTIVAR A INOVAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO.

O projecto inclui seis temáticas, uma delas é o turismo. Após uma primeira fase, em que se procedeu ao diagnóstico da situação turística em ambos os territórios, já está em curso uma segunda fase, que inclui abordagens sobre turismo cultural e património, turismo rural e eno-turismo, turismo gastronómico e turismo de natureza. Foi no contexto do turismo de natureza que se realizou a reunião da Lousã, que procurou definir linhas de acção estruturante para o desenvolvimento do turismo de natureza nas duas regiões.

Elisabeth Kastenholz, perita de turismo da Universidade de Aveiro convidada para efectuar o estudo das duas regiões em causa, realçou na sua intervenção alguns factores chave para desenvolver destinos de natureza. A diversidade de recursos naturais, a existência de espaços naturais protegidos, boas acessibilidades, limpeza e conservação das zonas envolventes, adequadas infra-estruturas de acolhimento, sinalização e equipamentos básicos e excelentes guias e monitores com conhecimento de idiomas foram alguns dos elementos fundamentais apontados.

“Desta reunião vai resultar um documento a realizar por todos os elementos da equipa de trabalho. Será um resumo que servirá para fundamentar o tema do turismo de natureza no âmbito deste projecto, com acções muito concretas de desenvolvimento e de actuações conjuntas”, referiu Filipe Carvalho, lousanense convidado pela CCDRC a integrar a equipa como especialista de turismo da região centro.

Além dos elementos que trabalham directamente para o projecto MIT, foram convidadas para estarem presentes na reunião várias entidades ligadas ao turismo de natureza, a fim de contribuírem para uma reflexão conjunta sobre o tema. Destacando-se a participação de três espanhóis, da Universidade de Salamanca e da Fundação Património Natural de Valladolid, compareceram elementos do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, ADXTUR, da empresa "Accessible Portugal", a primeira agência de viagens de turismo acessível de Portugal, Entidade Regional de Turismo, Agência de Promoção Turística do Centro de Portugal, entre outras.
Fonte: Jornal Trevim

Projecto com uma candidatura aprovada ao POPH

POPH

Projecto com uma candidatura aprovada ao POPH
Lousã prepara-se para ser destino de turismo acessível

Tornar a Lousã o primeiro destino turístico acessível do país é o objectivo do projecto "Lousã: destino de turismo acessível", que já tem três candidaturas a apoio financeiro formalizadas e uma aprovada, no valor de 980 mil euros

Maria João Borges

A candidatura foi aprovada na totalidade e conseguiu arrebatar dez por cento das verbas disponíveis a nível nacional para o POPH, Programa Operacional do Potencial Humano, na medida em que foi considerado inovador do ponto de vista da promoção da inclusão. Para a execução dos objectivos da candidatura está a trabalhar desde 1 de Setembro na Câmara Municipal da Lousã, Filipe Carvalho, técnico de gestão e planeamento em turismo, convidado pelo presidente da autarquia para ser o coordenador da equipa técnica de todo o projecto. O objectivo desta candidatura ao POPH é estabelecer planos, conceber conteúdos, trocar experiências e lançar iniciativas relacionadas com a acessibilidade. Terá dois anos e meio de execução na prática.

A segunda candidatura foi feita ao programa INTERREG e consiste na criação de uma rede europeia de destinos acessíveis, preparados para satisfazer as necessidades de todos, aproveitando as facilidades oferecidas pelas novas tecnologias. A rede será liderada pela Lousã como destino privilegiado de turismo de natureza e tem associadas as cidades de Ávila, na área do turismo do património, e Palma de Maiorca, no sector do turismo de praia. "Foram estabelecidas conversações com destinos turísticos portugueses da região centro, mas, como havia datas a cumprir, não conseguiram integrar a candidatura", explicou ao Trevim Filipe Carvalho. A terceira candidatura, ao POVT, inclui a requalificação do pavimento (abandonando-se a calçada portuguesa) da zona que medeia a Igreja Matriz e a Fábrica de Papel do Prado, prevendo também a colocação de passadeiras, rotundas e outras estruturas noutros espaços urbanos da vila. Estas duas últimas candidaturas estão a aguardar resultados.

Projecto

O projecto começou a ser pensado logo após a criação no concelho da figura do Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade, em 2004. Ganhou outra intensidade com o congresso sobre turismo acessível em 2007, realizado na Lousã. A task force criada na sequência do congresso e constituída por vários elementos da sociedade civil foi decisiva para a criação e consolidação deste projecto, que tem como objectivos intervir no alojamento, na restauração, nos espaços públicos, transportes, serviços de segurança, saúde e apoio social, ajudas técnicas urbanas, entre outros sectores, numa perspectiva de aplicação do conceito universal de um turismo acessível a todos, para todos, numa abordagem sistémica, exigindo a colaboração de toda a comunidade.

Em 2008, a Câmara Municipal da Lousã passou a liderar o processo, formalizando as candidaturas para a obtenção do financiamento e encabeçando a estrutura de missão, que será responsável pela execução do projecto. A estrutura ainda está em formação, mas será apresentada publicamente em breve.

O projecto foi dado a conhecer na última reunião da Assembleia Municipal da Lousã e teve uma boa aceitação por parte dos deputados. Miguel Gaspar (PSD) realçou o carácter pioneiro do projecto, uma inovação que a Lousã já tem vindo a protagonizar na área da deficiência, nomeadamente a nível da inclusão educativa. Joaquim Lourenço (PSD) referiu que o projecto "é do melhor" e Fortunato de Almeida, líder da bancada social-democrata, sublinhou "que mais do que um projecto" estava ali "um produto". Só o deputado da CDU, Figueiredo Fernandes, defendeu que aquele seria "um grande projecto" se envolvesse destinos turísticos nacionais.

O presidente da Câmara Municipal da Lousã, Fernando Carvalho, sublinhou que o projecto é inovador e que, se a Lousã se tornar no primeiro destino de turismo acessível, pode vir a certificar destinos e equipamentos turísticos, já que não existe nenhuma entidade certificadora no país.

Fonte: Jornal Trevim

Thursday, October 23, 2008

Concurso "Escola Alerta" já lançado

escola alerta

Propor a eliminação de barreiras é o desafio dado às crianças e jovens
Concurso "Escola Alerta" já lançado

Já foi lançado o concurso local "Escola Alerta", promovido pela Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade, em consonância com o concurso nacional do Instituto Nacional para a Reabilitação.

O concurso é destinado a todas as crianças do ensino pré-escolar integradas nos jardins-de-infância da rede pública e privada, a todos os alunos do 1º, 2º e 3º ciclos, ensino secundário e profissional e, por fim, a Instituições Particulares de Solidariedade Social ou outras equiparadas que possuam valências sem ser o ensino.

As candidaturas devem ser entregues na Provedoria até ao dia 19 de Dezembro, sendo que a comunicação dos resultados será dada aos participantes até ao dia 14 de Janeiro de 2009. A cerimónia pública de entrega de prémios será a 30 de Janeiro.

Sensibilizar as crianças e jovens para a importância das acessibilidades no dia-a-dia das pessoas com mobilidade condicionada é o objectivo do concurso, que inclui uma componente de reflexão e outra de inventariação das barreiras sociais, de comunicação, urbanísticas e arquitectónicas existentes e a indicação de propostas para a sua eliminação.
Fonte: Jornal Trevim

Thursday, October 16, 2008

Provedoria continua a sensibilizar para a acessibilidade

arouce

No passado dia 10 de Setembro, o Provedor José Ernesto Carvalhinho e alguns elementos da Provedoria, nomeadamente, o João Henriques, Assessor do Provedor e Filipe Carvalho, deslocaram-se à Junta de Freguesia de Foz de Arouce, que se encontrava em obras de remodelação, com a finalidade de testar as acessibilidades físicas.

Na presença do Presidente da Junta de Freguesia, José Padrão e do Presidente da Câmara Municipal da Lousã, Dr. Fernando Carvalho, foi elogiada a intervenção e foram dadas algumas sugestões para melhorar a acessibilidade. Nomeadamente, a sinalização vertical do estacionamento misto (pessoas com deficiência, grávidas) e também se discutiu a possibilidade de rampear até à entrada da porta principal, com o mesmo material da zona envolvente, substituindo a rampa amovível que se encontrava no local. A alteração facilitaria o acesso ao Multibanco por parte das pessoas com deficiência motora. As sugestões foram bem aceites.

A Provedoria continua a cumprir o seu objectivo que é contribuir para uma melhor qualidade de vida e efectiva integração social das pessoas com deficiência/incapacidade.

Isabel Dias

Monday, September 22, 2008

Provedores reúnem-se com Secretária de Estado Adjunta da Reabilitação

Secretária de Estado

Aquando da realização de uma reunião entre os Provedores e a Sr.ª Secretária de Estado Adjunta da Reabilitação, Idália Moniz, no dia 8 de Julho de 2008, foram discutidas algumas preocupações conjuntamente, tais como:

1. Marcação de Encontros com a Sr.ª Secretária de Estado Adjunta da Reabilitação), duas vezes por ano;
2. Sensibilização por parte da Sr.ª Secretária de Estado Adjunta da Reabilitação, junto do Ministério para as questões do Ensino Superior - (estágios e mais cadeiras nos diversos cursos ligadas a esta problemática);
3. Proposta para a criação de uma Comissão de Acompanhamento para a aplicação do Decreto-lei 163/2006 (Normas Técnicas de Acessibilidade) e para quando a sua aplicabilidade;
4. Reunião com a RTP com o objectivo de sensibilizar o público para as questões da deficiência/acessibilidades, através de programas que passem em horário nobre;
5. Sensibilização para as questões do Desporto Adaptado e inserção profissional das pessoas com deficiência/ incapacidade;
6. Ratificação da Convenção dos Direitos Humanos e a sua aplicabilidade;
7. Criação de um enquadramento mínimo para a figura de um Provedor, em articulação com a Associação Nacional de Municípios;

Isabel Dias

Wednesday, August 20, 2008

Senhora da Piedade

ponte

Ponte melhorou a mobilidade.

Monday, July 21, 2008

Uma iniciativa a pensar nas pessoas com mobilidade reduzida.

Técnicos da Autarquia sensibilizados

gta

Técnicos da Autarquia sensibilizados para a temática das “Acessibilidades e Design for All”

No passado dia 2 de Julho, realizou-se no Auditório da Biblioteca Municipal da Lousã uma acção de formação sobre a temática das “Acessibilidades e Design for all”, desenvolvida pela empresa PROASOLUTIONS, especializada nesta área e contratada pelo município da Lousã para realizar um plano de acessibilidade global do concelho.

Foi dirigida a Técnicos da Autarquia, desde Engenheiros, Arquitectos, Topógrafos, Calceteiros, Encarregados de Obras (…) e teve como principal objectivo sensibilizar os participantes, independentemente do seu grau e área de formação, para as questões relacionadas com as acessibilidades e o Design for All. A acessibilidade não é só importante para as pessoas com deficiência/incapacidade, tem que se pensar numa diversidade humana (idosos, mulheres grávidas, crianças, pessoas com incapacidade temporária – canadianas, pessoas obesas, pessoas de baixa estatura etc). Quando se projecta um espaço, é necessário ter-se em conta o Design universal, ou seja, a acessibilidade para todos. Esta foi a ideia base da acção de formação, que foi complementada com exemplos práticos. Alguns Técnicos tiveram a oportunidade de andar numa cadeira de rodas e canadianas, no sentido de terem uma melhor percepção das dificuldades que as pessoas com deficiência/incapacidade enfrentam no seu dia-a-dia.

A Acção de Formação teve um carácter prático e será complementada, posteriormente, com acções de formação de cariz mais técnico, no âmbito da legislação nacional, recorrendo também a boas práticas de países internacionais.

Isabel Dias

gta

Thursday, June 26, 2008

Futuros técnicos de turismo… visitam concelho da Lousã

turismo Lousã

No âmbito da disciplina de Atelier de Organização e Legislação Turística, realizou-se no passado dia 18 de Junho, uma visita de estudo dos alunos do 1º ano do curso de turismo da Escola Superior de Educação de Coimbra, ao concelho da Lousã.


Esta visita permitiu dar a conhecer aos futuros técnicos de turismo algumas das valências do concelho, no que toca a infra-estruturas turísticas existentes, desde o Ecomuseu da Serra da Lousã – Dr. Louzã Henriques, Capela da Misericórdia, Meliá Palácio da Lousã – Boutique Hotel, Pousada da Juventude da Lousã, Aldeia do Xisto do Candal e respectiva Loja do Xisto e o empreendimento de Turismo em Espaço Rural – Quintal de Além do Ribeiro – Turismo Rural.


A visita de estudo permitiu também a participação dos alunos numa reflexão de ideias, no auditório do Ecomuseu, na qual participaram entidades como a ARCIL, Câmara Municipal da Lousã, Escola Superior de Educação de Coimbra, Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade de Lousã e Santa Casa da Misericórdia da Lousã. Esta reflexão, possibilitou dar a conhecer aos alunos o enquadramento dos esforços que têm vindo a ser feitos no município, no sentido de divulgar e proporcionar uma cultura de inclusão no que se refere à área da acessibilidade.


O conjunto destes esforços, destas e de outras entidades, levou a cabo o desenvolvimento de um projecto pioneiro a nível nacional no âmbito do turismo acessível: “Lousã, Destino de Turismo Acessível”.


O objectivo deste projecto é beneficiar do trabalho desenvolvido na Lousã durante décadas na área da acessibilidade, através da criação ou adaptação de infra-estruturas, edifícios e serviços de forma a permitir a todos (independentemente de ter ou não incapacidade) usufruir turisticamente do território da Lousã.

Este projecto surge como condição de integração das funções humanas do território, procurando posicionar a Lousã relativamente a destinos turísticos concorrentes, garantindo as melhores condições para os turistas portadores de incapacidade.

O propósito desta visita teve em vista, não só o contacto dos alunos com o actual desenvolvimento turístico do concelho, mas também a difusão do conceito da acessibilidade numa cultura de inclusão/integração de e para TODOS, nas mais diversificadas áreas da sociedade.

Tuesday, June 10, 2008

II Jornadas de Turismo e Desporto

Guarda

Provedor foi à Guarda falar de Turismo desportivo acessível

O Instituto Politécnico da Guarda convidou o Provedor, José Ernesto Carvalhinho para fazer uma comunicação sobre Turismo Desportivo acessível, nas II Jornadas de Turismo e Desporto, que se realizou no dia 6 de Maio.
Esteve também presente como prelector, Filipe Carvalho, Técnico de Gestão e Planeamento de Turismo e elemento do Grupo Técnico da Provedoria.

Ambos abordaram a temática do turismo acessível, referindo a importância da realização de um Congresso “Turismo Acessível”, na Lousã, como ponto de partida para uma mudança de mentalidades.
“É importante termos um mercado aberto e acessível a todos, uma vez que as condições acessíveis significam um maior nível de qualidade dos serviços e conforto para todos os potenciais utilizadores, tal poderá resultar numa maior procura dos mesmos”, salientaram.

Quando se fala em turismo acessível, tem que se ter em conta “ a oferta de infra-estruturas, equipamentos e serviços turísticos que de algum modo foram adaptados, para estarem acessíveis a todos” Existem muitas pessoas com incapacidade que mesmo desejando usufruir dos mesmos direitos ao lazer, ao desporto, às férias e às viagens como o resto dos cidadãos, acabam por desistir quando se dão conta que os serviços turísticos não estão minimamente organizados para atender às suas necessidades.

A questão do Desporto adaptado é uma das áreas importantes, quando se fala em Turismo acessível. Todas as pessoas com incapacidade podem praticar qualquer tipo de desporto, desde que o mesmo esteja adaptado às suas necessidades. Como por exemplo: basquetebol em cadeira de rodas, futebol para cegos, vela adaptada, rugby em cadeira de rodas, ciclismo em cadeira de rodas, parapente em cadeira de rodas, esgrima em cadeira de rodas, etc (…).

Ambos os oradores focaram a questão da acessibilidade como sendo uma preocupação transversal aos agentes do Turismo Activo. A complexidade da problemática da acessibilidade coloca grandes desafios aos agentes do Turismo Activo.

Não é fácil, num produto turístico muito dependente de diversificados factores humanos, logísticos e materiais, responder simultaneamente às múltiplas especificidades das pessoas com incapacidades.
Quando os agentes turísticos decidem investir neste mercado, há alterações a fazer nos seus serviços, para colherem resultados positivos. Estas alterações a efectuar nos serviços públicos e privados devem ser dirigidas para toda a diversidade humana, sendo baseadas no desenho para todos.

Contudo, há que ter em atenção não especializar os seus serviços só para pessoas com incapacidade. O Turismo Acessível deve ser direccionado para todas as pessoas, só assim se tornará inclusivo.

Isabel Dias

Delegação Portuguesa de visita pela Bélgica

Jornal Belgica

Belgica jornal

Delegação Portuguesa de visita em “Concelho-Acessível Modelo”

De 27 a 29 de Maio chegou a Overpelt uma delegação da vila da Lousã -16.000 habitantes no distrito de Coimbra- que, acompanhada por membros da associação “Toegankelijkheidsbureau” (agência da acessibilidade), veio visitar alguns edifícios públicos que constituem um bom exemplo no que diz respeito a acessibilidade. Nos últimos anos, Overpelt tornou-se um concelho modelo neste domínio graças a vários investimentos. An De Becker e Femmeken Spaan da agência da acessibilidade belga têm acompanhado estes investimentos e o seu trabalho tornou-se conhecido por toda a Europa. Quando foi feito o pedido da delegação portuguesa para uma visita a um concelho modelo, Overpelt surgiu como exemplo de boa prática. Assim, a delegação portuguesa com Fernando Carvalho, presidente da Câmara, José Carvalhinho, Chefe da equipa de acessibilidade, e António Fontes, promotor imobiliário, esteve na piscina Dommelslag, no pavilhão gimno-desportivo De Bemvoort, no ´t Pelterke, no Palethe e no caminho pedestre para pessoas menos móveis. Segundo os portugueses, esta visita forneceu-lhes muitas novas ideias.

Bélgica


Visita à Bélgica no âmbito do projecto “Lousã: destino turístico acessível”

Nos passados dias 28 e 29 de Maio, o Presidente da Câmara, Fernando Carvalho, o Provedor José Ernesto Carvalhinho, e um elemento da RDPE e Grupo Técnico da Provedoria, António Fontes, deslocaram-se à Bélgica. A visita foi organizada pela “Toegankelijkheidsbureau” (agência da acessibilidade), mais concretamente, pela Mieke Broeders. A mesma anfitriou a comitiva portuguesa, levando-os a Hasselt, onde foram recebidos pelo Presidente da Câmara Municipal e a Overpelt, cuja anfitriã foi a vice-presidente da Câmara Municipal e também pelas Estruturas Regionais de Turismo da zona Flamenga.

A visita teve como objectivo visualizar a forma de planeamento urbanístico das cidades, tendo por base as acessibilidades físicas, ao turismo, ao lazer etc. Sendo cidades que já integram este conceito, traduzem-se assim em cidades mais acessíveis.

Ficou em aberto a possibilidade de existir uma parceria com algumas entidades da Bélgica, nomeadamente, com a “Toegankelijkheidsbureau”.

Isabel Dias

Monday, May 26, 2008

Reportagem da RTP

"Lousã Acessível" e europeia

turismo

Os municípios de Ávila e Reus (Espanha) e La Rochelle (França) vão participar no projecto de cooperação transnacional para a criação de uma rede de destinos turísticos acessíveis liderado pelo Municipio da Lousã.

António Fontes, da empresa RDPE, apresentou, ontem, no workshop sobre "Turismo Acessível", no auditório do Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques, o projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível", pioneiro em Portugal, e que representa uma "nova causa" para o concelho da Lousã que, depois de resolver muitas das suas carências infra-estruturais, "está desafiado para um novo paradigma de intervenção pública".

Beneficiar do trabalho desenvolvido na área da acessibilidade ao longo de décadas, tendo a autarquia e a ARCIL como referências, são alguns dos objectivos do projecto dedicado aos cidadãos com mobilidade condicionada, e que inclui, ainda, além da certificação da acessibilidade da oferta turística do concelho, a construção de uma "cultura de acessibilidade", constituindo-se, também, como uma "janela de oportunidade" no capítulo económico, de acordo com o volume de mercado a nível europeu - abrange 50 milhões de pessoas.

Depois de apresentar a candidatura ao Plano Operacional do Potencial Humano, o município da Lousã lidera o processo de candidatura ao INTERREG IV-C de modo a dinamizar um projecto de cooperação transnacional para a criação de uma rede de destinos turísticos acessíveis. Os municípios de Ávila e Reus (Espanha) e La Rochelle (França), já deram luz verde ao desafio lançado pela task-force "Lousã Acessível".

Para Pedro Machado, presidente da ARPT Centro de Portugal, "é um projecto que qualifica, que distingue, que diferencia este destino da marca Centro de Portugal. Não queremos que seja um modelo que outros possam copiar, mas que se converta numa ferramenta para os cidadãos que precisam de maior atenção".

Fernando Carvalho, presidente da Câmara Municipal da Lousã, salientou a qualidade do trabalho desenvolvido pela ARCIL, o empenho e o incentivo de José Ernesto Carvalhinho, provedor municipal dos cidadãos com incapacidade da Lousã, Filipe Carvalho, da DRE-Centro, Eugénia Lima Deville, da ESEC, e António Fontes, da RDPE.

O autarca agradeceu, também, o apoio de Rui Daniel Rosário, chefe de gabinete da secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, e destacou o investimento efectuado no sector do turismo nos últimos anos, em especial na oferta de alojamento. O paraíso do TT, segundo Fernando Carvalho, tem os dias contados, representando o turismo acessível "mais uma oferta" do concelho.

Segundo Rui Daniel Rosário, chefe de gabinete da secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, o Estado "tem vindo a seguir com muita atenção" o projecto Lousã Acessível, assumindo-se "como um ente facilitador das boas práticas e das boas ideias". A partir de agora, acrescentou, "é que começa a doer", numa referência ao desafio colocado aos promotores do projecto.

Fonte: Mário Nicolau (Diário As Beiras)

Sunday, May 18, 2008

TURISMO ACESSÍVEL Espanhóis receptivos

Ávila

Lousã desafia Ávila para projecto

A task-force "Lousã Acessível" desafiou o município espanhol de Ávila a participar num projecto de cooperação transnacional.

A criação de uma Rede Europeia de Destinos Turísticos Acessíveis foi um dos objectivos da visita a Ávila da task-force "Lousã Acessível" que, na sequência do trabalho de procurement realizado para o lançamento efectivo do Projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível", detectou a oportunidade de liderar um projecto transnacional para candidatura ao Programa Interreg "Espaço Sudoeste Europeu 2007 - 2013".

Tendo por base o desenvolvimento do projecto de acessibilidade e turismo, assumido politicamente pela Câmara Municipal da Lousã e, ainda, os contactos estabelecidos durante a participação no Congresso Internacional de Turismo para Todos, organizado pela ENAT - European Network for Accessible Tourism (Valência, Novembro de 2007), o vice-presidente e vereador do pelouro de Turismo da Câmara Municipal da Lousã, Luís Antunes, o Provedor Municipal dos Cidadãos com Incapacidade da Lousã, Ernesto Carvalhinho, o técnico superior da Direcção Regional de Economia do Centro, Filipe Carvalho, e o consultor da RDPE, S.A., António Fontes, lançaram o desafio ao município de Ávila para o projecto de cooperação transnacional no sector do turismo acessível.

Com ambição inovadora, tendo em conta a utilização das novas tecnologias, a rede é iniciada com a definição conceptual de ferramentas tecnológicas de suporte a um produto turístico único à escala do território.

Recorde-se que a Lousã está a liderar o processo de candidatura ao Interreg, na sequência do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, estando a realizar convites a determinados parceiros nacionais e europeus passíveis de cooperarem na construção de uma rede de destinos de turismo acessível.


A elaboração conjunta de conteúdos TIC (tecnologias de informação e comunicação), de forma a oferecer aos turistas com incapacidade um conjunto de serviços turísticos adaptados comuns à rede, contribuindo simultaneamente para a própria consolidação da rede de destinos, integra o plano apresentado à teniente alcalde de Servicios Sociales, Montaña Domínguez, à concejala de Accesibilidad Noelia Galán, representantes do Ayuntamiento de Ávila, que se mostraram bastante receptivas ao convite realizado, aguardando-se agora a decisão final.


Durante a visita, para além das reuniões de trabalho para apresentação da proposta de candidatura ao Interreg, a task-force task-force "Lousã Acessível" teve ainda a oportunidade de visitar instalações e serviços de turismo acessíveis (hotel, restaurantes e transportes) e de percorrer os principais locais turísticos acessíveis da cidade de Ávila.

Workshop sobre turismo acessível na próxima terça-feira

Na sequência do Congresso de Turismo Acessível, realizado em Abril de 2007, promovido pela Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade da Lousã, Instituto Nacional para a Reabilitação, Escola Superior de Educação de Coimbra, Direcção Regional de Economia do Centro, Arcil e Dueceira, o Município da Lousã está a desenvolver o projecto “Lousã: destino turístico acessível”, que pretende criar condições para tornar o concelho no primeiro destino turístico acessível de Portugal.

Para a próxima terça-feira, às 10H00, no auditório do Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques/Ecomuseu da Serra da Lousã, está marcado um workshop em que será analisada a evolução do projecto e recolhidos contributos para a sua evolução.

TURISMO ACESSÍVEL Espanhóis receptivos

Lousã desafia Ávila para projecto

Saturday, May 17, 2008

Acessibilidade e Turismo Social

CP atenta às obrigações da Metro-Mondego

Quando o ramal da Lousã entrar em obras, devido à implementação do projecto Metro Mondego, serão colocados à disposição do público transportes rodoviários alternativos que o Provedor Municipal do Cidadão com Incapacidade, Ernesto Carvalhinho, espera que contemplem os passageiros com dificuldades de locomoção.

Na sequência do alerta lançado pelo provedor municipal, a CP, em carta enviada a Ernesto Carvalhinho, e assinada pelo presidente do conselho de gerência, Francisco dos Reis, informa que, "como parte integrante da estrutura accionista da capital social do Metro-Mondego, SA partilha da missão deste futuro operador da zona Centro", pelo que, no contexto de "uma responsabilidade social universal" está determinada em garantir "cidadania e urbanidade a todos os utilizadores do transporte ferroviário e em particular aos cidadãos de mobilidade reduzida".

No documento, o presidente do conselho de gerência da CP afirma que "é da competência da Metro-Mondego SA assegurar a realização de transportes alternativos durante a fase de construção e implementação do sistema objecto da concessão, até à entrada em funcionamento deste". Além de transmitir à Metro-Mondego as preocupações da Provedoria Municipal do Cidadão com Incapacidade, Francisco Reis "reitera a preocupação da CP para a manutenção e incremento dos padrões de acessibilidade ao transporte ferroviário, nomeadamente quando forem definidos os compromissos operacionais relativos ao transporte de pessoas de mobilidade reduzida".

Fonte: Diário as Beiras

Sunday, May 4, 2008

Desfile de Moda 2007

ENCONTRO DE PROVEDORES

ENCONTRO DE PROVEDORES
LAMEGO, 30 DE ABRIL DE 2008
CONCLUSÕES

1ª Os Provedores constataram a necessidade de rever os currículos dos cursos do ensino superior, especialmente aqueles ligados à preparação de professores, de modo a favorecer a sensibilização da juventude, desde a mais tenra idade, para as questões da deficiência. Nesse sentido, contactaram o Ministério do Ensino Superior. Lamentavelmente, até hoje o Ministério não manifestou interesse sequer em reunir com os Provedores, pelo que estes vêm manifestar a sua preocupação por esta atitude.

2ª O Decreto-Lei 163/2006, que estabelece as normas técnicas da acessibilidade dos espaços públicos e privados, ainda não foi regulamentado, pelo que a parte deste diploma relativa às contra-ordenações ainda não está a ser aplicada, apesar de terem decorrido já quase dois anos desde a sua publicação. Os Provedores manifestam a sua preocupação com este facto, que põe em causa uma parte importante da aplicação deste regime legal e a sua eficácia prática.

3ª Na sequência da legislação que regula a acessibilidade dos sítios da Internet e também dos meios de comunicação social, os Provedores envidaram esforços no sentido de reunir com a direcção da RTP. Até agora, não foi possível agendar tal reunião, pelo que os Provedores continuam empenhados na sua realização.

4ª Os Provedores congratulam-se com o anúncio por S. Exª a Srª Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, de que foi finalmente decidido consagrar a sua representação no Conselho Nacional de Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência.

5ª Os Provedores vão solicitar a S. Exª a Srª Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação a marcação de uma reunião, nos próximos 2 meses, a fim de tratarem de assuntos de interesse comum.

6ª Cada Provedor expôs o trabalho por si realizado e os seus planos de actividades para o presente ano.

Saturday, April 19, 2008

Wednesday, March 12, 2008

Provedoria entrega prémios “Escola Alerta”

Salvador

Salvador Mendes vai continuar ligado ao concurso local

A cerimónia pública de entrega dos prémios locais da edição 2007/08 do Programa “Escola Alerta” decorreu na sexta-feira passada, dia 7 de Março, no auditório da Biblioteca Municipal da Lousã. Os vencedores foram o Jardim de Infância de Casal de Ermio, a EB1 de Santa Rita (Agrupamento de Escolas Álvaro Viana de Lemos) e a Escola Secundária da Lousã (turma do 8º A).

Os premiados levaram para casa certificados de participação, um bilhete de cinema e ainda dois livros: “Tu Consegues” e “Etiqueta para Crianças. Como ser amigo de todos”.

O concurso local, já na sua segunda edição, é organizado pela Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade da Lousã e pelo Sector de Educação da Câmara Municipal da Lousã, e é baseado no regulamento do Programa Nacional “Escola Alerta” promovido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação.

Este programa, que pretende fomentar a construção de uma sociedade mais igualitária e solidária, foi lançado com o objectivo de sensibilizar os jovens para as questões da deficiência, designadamente no que diz respeito ao combate à discriminação, através da eliminação das barreiras urbanísticas, arquitectónicas e de comunicação que dificultam ou impedem a acessibilidade e o pleno gozo da cidadania aos cidadãos portadores de deficiência.

Assim sendo, os trabalhos realizados pelos jovens e crianças serviram essencialmente para informar e sensibilizar a comunidade estudantil e também a própria opinião pública a favor da não discriminação da pessoa com deficiência, e para a importância das acessibilidades no dia a dia das pessoas com mobilidade condicionada (deficiência, idosos, grávidas, mães com carrinhos de bebés).

Este ano o concurso mobilizou ainda mais as escolas do concelho da Lousã, tendo concorrido 438 jovens, quase o dobro dos participantes em relação ao ano anterior, embora não tenham sido apresentados trabalhos na categoria 4 e 5, para alunos do secundário e instituições particulares de ensino.

Salvador, uma história de vida

Na cerimónia, em que participaram o Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade, Ernesto Carvalhinho, e o vereador da Educação da Câmara da Lousã, Jorge Alves, esteve também Salvador Mendes, autor do livro “Salvador – Ser Feliz Assim”, que sofreu um acidente de mota aos 16 anos e ficou tetraplégico.

Salvador sensibilizou/emocionou o vasto auditório com a sua história de vida. “Eu já fui jovem, e já tive a vossa idade. Um dia bebi um copo a mais, caí de mota e fiquei assim”. O autor de “Salvador – Ser Feliz Assim” adiantou que a ideia de fazer o livro surgiu para dar a conhecer a vida de uma pessoa com deficiência. O fundador da Associação Salvador mostrou-se ainda visivelmente satisfeito por visitar a Lousã e “elogiou“ o trabalho feito em matéria de acessibilidades, nomeadamente na preocupação com os passeios rebaixados.

Já a terminar a cerimónia de entrega de prémios, Ernesto Carvalhinho informou os presentes, que Salvador Mendes será o “patrocinador” do concurso local “Escola Alerta”no próximo ano.
Fonte: Jornal Trevim

Friday, March 7, 2008

“Direito à igualdade” em discussão

direito

Alunos da Escola Secundária da Lousã promovem debate

“Direito à igualdade” foi o lema do colóquio que se realizou, na sexta-feira passada, no auditório do Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques, com a partipação de José Leonardo, Marques Leandro, Jorge Alves, Isabel Dias, José Moreira e João Henriques

O debate promovido pelos alunos do 12º D da Escola Secundária da Lousã, Pedro Galvão, Anabela Inácio, Luís Rodolfo e Sofia Ferreira, no âmbito da displina de Área e Projecto, teve como objectivo sensibilizar e dar a conhecer, à comunidade estudantil e não só, as dificuldades encontradas no dia-a-dia por pessoas com as mais variadas incapacidades.

A abrir o debate esteve Isabel Dias, do gabinete da Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade. A socióloga falou da importância da Provedoria, e explicou aos alunos presentes o seu funcionamento, bem como, algum do trabalho realizado por aquela “entidade autónoma, que trabalha em parceria com várias instituições”. Isabel Dias, destacou ainda a importância da Provedoria na melhoria na qualidade de vida das pessoas com incapacidade, “uma entidade que só existe em cinco concelhos: Lousã, Porto, Viseu, Marco de Canavezes e recentemente em Santa Maria da Feira”, concluiu.

No decurso do debate “Direito à Igualdade”, seguiu-se a opinião de três pessoas (José Moreira, João Henriques e José Leonardo), que encontram no dia-a-dia dificuldades por serem “diferentes”, mas todos eles com algo em comum, pertencem ao Grupo Técnico de Acessibilidade da Provedoria.

José Moreira, massagista da Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã (ARCIL), contou a experiência vivida em 2006, com uma acção de desportos radicais para deficientes, desenvolvida com a ajuda da Provedoria e da empresa de turismo francesa ANIMA, e em que pôde experimentar o parapente. Mas, nem tudo é positivo e José Moreira queixou-se “do dinheiro que custam certos materiais”, que podiam ajudar na independência de uma pessoa com deficiência visual: uma fita métrica, que fala e custa 100 €, um nível, ou um computador com um software especial que lê a informação no ecrã.

Já João Henriques, assessor do provedor e deficiente motor optou por falar da acessibilidade na internet, e as diversas dificuldades encontradas pelas pessoas com incapacidade motora em navegar na web. Apesar disso, João Henriques lembrou que Portugal até foi o primeiro país da Europa, isto depois dos exemplos dos Estados Unidos, Canadá e Austrália, a ter preocupações com a acessiblidade nos sites da administração pública, com a publicação da Lei 97/99.

José Leonardo, professor de físico-química e paraplégico lembrou mais uma vez a importância da igualdade de oportunidades e de direitos. “É preciso que todos tenham acesso às coisas e de igual modo”. O problema, explicou, é que “sempre que se pensa em qualquer infra-estrutura, faz-se a pensar no Homem comum”. José Leonardo, referiu ainda que é preciso “flexibilizar os equipamentos, para assim, poder abranger o maior número de pessoas possíveis.

Sensiblizar mais

A seguir, Marques Leando, presidente da ARCIL, focou algumas conclusões do debate respeitantes às dificuldades encontradas pelas pessoas com incapacidade. “Para atingir a igualdade tem de haver uma sensibilidade muito grande para estes problemas”. O responsável máximo da ARCIL alertou ainda para o facto de a mobilidade condicionada poder acontecer a qualquer um.

A terminar, Jorge Alves, vereador da Educação da Câmara Municipal da Lousã, alinhou pelo mesmo diapasão de Marques Leando, e falou ainda da sua experiência em andar de muletas. O vereador destacou a importância de iniciativas deste género. “É fundamental este tipo de acções, a nossa vida altera-se de um segundo para o outro”.

Para Jorge Alves a igualdade de oportunidades “é responsabilidade de todos”, até porque “a legislação não altera comportamentos, logo a mudança de mentalidades é importante, já que não se pode pensar que estas coisas dependem só dos outros”, concluiu.
Fonte: Jornal Trevim

“Escola Alerta”entrega prémios

Turma A do 8.º ano é uma das vencedoras do concurso

A turma A do 8° ano, da Escola Secundária da Lousã, que tem desenvolvido a sua Área de Projecto em torno dos problemas e das capacidades das pessoas com deficiências físicas, acaba de ganhar o prémio da categoria 3 (3° ciclo e secundário), do concurso local “Escola Alerta”, promovido pela Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade e pelo Sector de Educação da Câmara Municipal da Lousã. Desta forma, a turma repete o feito alcançado no ano anterior, pela então turma do 7°A, com o trabalho “Todos Diferentes - Todos Iguais”. Em ambos os casos, os alunos foram orientados pela professora Isabel Santos.

O trabalho levado a concurso este ano, intitulado “Escola Acessível”, realça a intervenção dos alunos, a nível de acessibilidades, na sua escola. É referido, por exemplo, que a turma aplicou parte da verba do prémio ganho, no ano anterior, na aquisição de duas rampas que permitem, agora, que pessoas em cadeira de rodas entrem na reprografia, ou acedam, mais facilmente, ao bloco Polivalente da escola. São também descritas as diligências feitas, pela turma, no sentido de colocar elevadores na Escola Secundária da Lousã, onde lecciona um professor tetraplégico. Entre estas diligências, os alunos destacam o encontro havido, no dia 10 de Janeiro de 2008, com a Directora Adjunta da DREC, Dra. Maria Cristina Romãozinho, que, amavelmente, acedeu ao pedido de audiência dos alunos. Nesse encontro, a turma entregou a documentação recolhida e expôs a situação da escola que, sendo constituída por três blocos, todos com pelo menos dois pisos, não permite o acesso de pessoas em cadeira de rodas a locais como, a principal sala de reuniões e conferências, as salas de informática, ou, a Biblioteca.

O prémio será entregue, em conjunto com os restantes vencedores, no próximo dia 7 de Março, pelas 15:00, no auditório da Biblioteca Municipal da Lousã.

Fonte: Jornal Trevim

Thursday, February 7, 2008

Thursday, January 31, 2008

Sessão na Escola Básica 1 da Lousã

escola Lousã

João Henriques sensibiliza para a acessibilidade.

Alunos da Escola Básica 1 da Lousã, conheceram segunda-feira, dia 14, um pouco da vida de João Henriques, cidadão que ficou paraplégico na sequência de um acidente de viação, e das suas preocupações sobre a acessibilidade.

Além de artigos para jornais, João Henriques tem um sítio na internet sobre euroacessibilidades, é assessor do Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade e foi convidado para se deslocar às escolas para sensibilizar os alunos para o problema. Já conhecido de alguns deles, habituados a vê-lo pelas ruas da Lousã, a empatia foi imediata.

Falando para a sua assistência como para possíveis futuros arquitectos, engenheiros, médicos..., João Henriques fez uma pequena travessia virtual sobre o conceito de acessibilidade. A acessibilidade significa, para si, mobilidade plena para todos, não só para cidadãos com deficiência, mas para idosos, crianças, grávidas ou pessoas com incapacidade temporária ou permanente.

Cada passadeira deve ter rampas de ambos os lados e os passeios não devem ter obstáculos, alertou. Defendeu que as rampas de acesso aos edifícios devem possuir varões para ajudar pessoas com falta de equilíbrio; as cabines telefónicas, bem como as caixas multibanco devem ser baixas para que todos possam usufruir dos serviços (nesta área frisou que a Lousã já tem um ATM acessível, o da Caixa Geral de Depósitos). Em relação aos transportes, o orador lembrou o mau exemplo das automotoras, para as quais ainda não existe uma estrutura de acesso ao interior.

Como boas práticas a seguir nesta matéria na Lousã, João Henriques destacou a Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade, salientando a diferente textura do piso à entrada, como sinal para os invisuais de que se encontram em frente a um edifício público com atendimento. A casa de banho adaptada, bem como todo o interior foi referenciado. A praia fluvial de Casal de Ermio foi apresentada como outro exemplo positivo, devido aos sanitários adaptados, bar plano, entre outros aspectos.

João Henriques referiu-se ainda a outro tipo de acessibilidade: a acessibilidade cultural. Em termos televisivos, lembrou os protocolos assinados entre as três televisões nacionais, que criaram o teletexto para pessoas com problemas de audição. O recurso à língua gestual foi outro método desenvolvido para possibilitar que pessoas com problemas de surdez pudessem entender os conteúdos audiovisuais.

Ainda neste contexto, fez referência ao programa “Conta-me como foi”, emitido pelo canal 1 da RTP, que tem audio-descrição, ou seja, pode ser ouvido sintonizando a Antena 1.

A terminar, o palestrante fez votos para que os mais pequenos possam um dia contribuir para a melhoria dos acessos a nível urbanístico, de comunicação, entre outros. Deixou ainda um importante alerta: “chamem a atenção para quando os carros forem depressa demais. Nunca se esqueçam que são os condutores que nos levam”.

Tuesday, January 22, 2008

Projecto “Lousã: destino turístico acessível”

Provedor

Projecto “Lousã: destino turístico acessível” é uma das prioridades no novo mandato do Provedor

O Provedor, Professor José Ernesto Carvalhinho considera que “o trabalho iniciado merece uma continuação, pelo que, no segundo mandato, além do projecto “Lousã: destino turístico acessível”, inclui nas linhas estratégicas da Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade a elaboração de um plano global de acessibilidade para a Lousã.

O Provedor dará continuidade ao levantamento das acessibilidades aos edifícios e espaços de utilização pública, de modo a propor a sua acessibilização.

O levantamento dos espaços turísticos, propondo a sua acessibilização, miradouros, parques de merendas, piscinas fluviais etc está também na agenda de José Ernesto Carvalhinho que pretende efectuar um diagnóstico concelhio das pessoas com incapacidade.

A implementação do Selo “Lousã Acessível” e apoio à sua evolução para um sistema de certificação com o apoio do Instituto Nacional para a Reabilitação, a promoção de acções de formação para técnicos promotores da urbanização da Lousã e o desenvolvimento do Programa SIM-PD (Serviço de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência) são outros dos objectivos de José Ernesto Carvalhinho, que aposta, também, no desenvolvimento e valorização das parcerias locais, nacionais e internacionais “de forma a prestar aos cidadãos com deficiência /incapacidade, uma melhor qualidade de vida e uma efectiva integração social”.

Na sessão de tomada de posse do Provedor, que contou com a participação de Fernando Carvalho, presidente da Câmara Municipal da Lousã, e de Luísa Portugal, directora do Instituto Nacional para a Reabilitação, foi apresentado o projecto "Lousã: destino turístico acessível", que se encontra em fase de conclusão e surge como condição de integração das funções humanas do território, para o diferenciar relativamente a destinos turísticos concorrentes, garantindo as melhores condições para os turistas portadores de incapacidade.

Fernando Carvalho, presidente da Câmara Municipal da Lousã, criticou “os que nada fazem e que estão mais interessados em destruir muito que se tem feito nesta área no concelho”, salientando o investimento efectuado no sector do turismo nos últimos anos e que, a partir dos projectos em desenvolvimento, irá "agregar o turismo acessível para todos".

"Pretendemos deixar de ter barreiras para aqueles com algumas dificuldades", sublinhou o autarca.

Para a directora do Instituto Nacional para a Reabilitação, Luísa Portugal, presente na cerimónia que decorreu no auditório da Biblioteca Municipal da Lousã, o concelho “começa a ser um exemplo, com um percurso muito característico e personalizado, que tem na ARCIL um instrumento muito importante e que atingiu um nível de quase excelência".

A Lousã, acrescentou Luísa Portugal, “já completou a parte mais difícil do trabalho que é sermos capazes de falar sobre o preconceito, as discriminações, perceber e valorizar que há pessoas diferentes, trabalhar para inclui-las no dia-a-dia da comunidade”.

Selo

Na cerimónia, José Ernesto Carvalhinho entregou 33 selos "Lousã Acessível" a entidades privadas e públicas, que certifica os estabelecimentos com condições de acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada, nomeadamente ARCIL (Arcil Cerâmica, Arcil Madeiras, Lar da Arcil 1 e 2 da Santa Casa de Misericórdia, Sapo e Residência do Penedo), BAR "Window's" (também uma ementa em braille), BAR 94, Bombeiros Voluntários de Serpins, Café “A Cave”, Centro de Saúde da Lousã, Centro Diety - Centro Ortopédico e Dietético Tivoli, Cine-bar, Cine-teatro (CML), Fabimoda (Serpins), Intermarché, Lid'l, Livraria "Magro", Loja de móveis "Barata" (Serpins), Loja de roupa "Charme", Loja de roupa Multimax, Loja de roupa Picolly, Padaria /Pastelaria "Sonho Doce" (Serpins), Pastelaria "Jardim", Pastelaria "Luz Verde", Pastelaria Pagelou, Pousada da Juventude da Lousã, Quisque da Romy, R.H. Equipamentos Hoteleiros, Repartição de Finanças da Lousã, Restaurante “Adega da Vila”, Seguros "Companhia Serrana", Studio Concept - Arquitectura e Decoração, Supermercado de Serpins, Taberna "O Coelho" (Serpins), Talho "Avenida", Tipografia Lousanense e a Santa Casa de Misericórdia da Lousã.


grupo técnico

O Provedor José Ernesto Carvalhinho deu posse aos elementos do Grupo Técnico de Acessibilidades da Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade da Lousã, constituído por António João Nunes Lago Queiroz, Técnico de Percursos Pedestres, António José Fontoura Leonardo, Professor de Físico-Química, António Manuel de Sousa Gomes, Técnico de Gestão e Planeamento em Turismo, Augusto José Azevedo Figueiredo Fernandes, Médico, Eugénia Lima Deville, Professora de Turismo, Fátima Gracinda Gonçalves dos Santos da Costa, Assistente Social, Filipe José Matos de Carvalho, Técnico de Gestão e Planeamento em Turismo, João Carlos Tavares Henriques, Pensionista, João Fernando Correia Ramos, Jornalista, José Fernandes Moreira, Auxiliar de Fisioterapia, Nélia da Conceição Borges Pereira, Arquitecta, Paulo Rui Carvalhinho Oliveira, Engenheiro Civil, e Verónica Raquel Campos Pedro, Terapeuta Ocupacional.

Miguel Ferreira

“Carvalhinho não é provedor por ser meu amigo”

Afirmou Fernando Carvalho na cerimónia de tomada de posse.

Com a tomada de posse do Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade e do Grupo Técnico de Acessibilidade sexta-feira, dia 11 de Janeiro, no auditório da Biblioteca Municipal, foi dado mais um passo no trabalho da Provedoria. Ernesto Carvalhinho garante o mandato por mais quatro anos – tendo depois de sair, conforme o regulamento e a equipa técnica passou a ser oficial. Trinta e três estabelecimentos do concelho, não só da zona central da vila, receberam o selo “Lousã Acessível”.

“A Lousã já fez o trabalho mais difícil na área da acessibilidade: a sensibilização da comunidade para a causa, a discussão do preconceito e da discriminação”, sublinhou a directora do Instituto Nacional para a Reabilitação, Luísa Portugal, que afirmou que a Lousã já está a ser um exemplo a nível nacional pelo seu trabalho nesta área. “Todo o esforço que a provedoria vem desenvolvendo também nos mostra que muitas coisas que estão no papel são possíveis de aplicar, quando há esta vontade que tudo funcione”, salientou, informando que vai procurar que se multiplique noutros locais do país o que se faz na Lousã.

A designação de “Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade” foi encarada com satisfação, na medida em que é muito mais abrangente, em relação ao termo “Provedor Municipal das Pessoas com Deficiência”. “Pessoa com incapacidade somos todos nós, quando envelhecermos alguma incapacidade havemos de ter”, disse. “Qualquer dia podemos pensar numa ‘Lousã para todos’” ou em ‘todos os direitos para todos’”, rematou, tecendo rasgados elogios ao presidente da Câmara Municipal, Fernando Carvalho, pelo facto de ser um autarca que pensa na sociedade na sua globalidade.

O carácter heterogéneo da equipa de acessibilidade, em termos de áreas de conhecimento, foi elogiado pelo edil, que procurou demonstrar que são muitas as pessoas sensibilizadas para a temática. “Cidadãos que trabalham por amor à camisola e que vão perder o seu tempo durante o dia, a noite e o fim-de-semana, sem contrapartidas a não ser o gozo pessoal”, não deixou de frisar.

“Ernesto Carvalhinho não é provedor por ser meu amigo”, quis clarificar Fernando Carvalho. “Aliás ele tem um historial de percurso a nível nacional, que demonstra que não era o convite do presidente da Câmara que ia ser mais importante. Foi convidado para fazer novo mandato e, ao fim de quatro anos, cessará o seu cargo como provedor”.

A atribuição dos selos a 33 estabelecimentos deixaram Carvalho satisfeito, também pelo facto de alguns espaços comerciais não se localizarem na vila da Lousã, mas sim numa das freguesias do concelho, Serpins.

“É com orgulho que aceito desempenhar de novo o cargo de provedor”, referiu, por seu lado, Ernesto Carvalhinho, esclarecendo que a equipa técnica vai colaborar na execução das políticas de melhoria da qualidade de vida em prol de uma Lousã mais acessível.

O projecto “Lousã Acessível” da Provedoria está englobado no Orçamento da Câmara Municipal com 20.000 de verba para 2008, embora só metade tenha financiamento definido, de acordo com o documento apresentado pela autarquia.

Lousã: um destino turístico acessível

Na sequência do congresso subordinado ao tema do turismo acessível que teve lugar o ano passado, constituiu-se um grupo de trabalho que elaborou um projecto (agora em fase final) com o objectivo de tornar a Lousã um destino turístico acessível.

O estudo, apresentado na cerimónia da tomada de posse, defende a tese de que o turismo para ser acessível para todos tem de oferecer estruturas adaptadas a pessoas com as mais variadas incapacidades, sejam cidadãos com deficiência, seniores com dificuldades de mobilidade, mulheres grávidas ou pessoas que sofram de determinadas doenças. Um turismo acessível a todos é encarado como uma oportunidade de negócio, já que funciona como o garante do aumento do volume de visitantes. “Muitos cidadãos com deficiência desistem das férias, porque os locais não estão adaptados, impossibilitando que outras pessoas também viajem”, disse António Gomes, elemento do grupo de trabalho.

Na Lousã, um turismo acessível implica acessibilizar a serra e sensibilizar todos os agentes turísticos para a causa, a fim de que criem condições adequadas para receberem pessoas com incapacidade. “O grupo acredita nas potencialidades turísticas do concelho e nas vantagens económicas e sociais que daí podem advir. Por isso devemos fazer convergir a acessibilidade e o turismo”, concluiu.

Grupo Técnico de Acessibilidade

Integram o Grupo Técnico de Acessibilidade os seguintes elementos: António João Nunes Lago Queiroz, Técnico de Percursos Pedestres; António José Fontoura Leonardo, Professor de Físico-Química; António Manuel de Sousa Gomes, Técnico de Gestão e Planeamento em Turismo; Augusto José Azevedo Figueiredo Fernandes, Médico; Eugénia Lima Deville, Professora de Turismo; Fátima Gracinda Gonçalves dos Santos da Costa, Assistente Social, Filipe José Matos de Carvalho, Técnico de Gestão e Planeamento em Turismo, João Carlos Tavares Henriques, Pensionista (assessor do Provedor); João Fernando Correia Ramos, Jornalista; José Fernandes Moreira, Auxiliar de Fisioterapia; Nélia da Conceição Borges Pereira, Arquitecta; Paulo Rui Carvalhinho Oliveira, Engenheiro Civil e Verónica Raquel Campos Pedro, Terapeuta Ocupacional.

Estabelecimentos com “Selo Acessível”

Receberam o “Selo Acessível” os seguintes espaços públicos: ARCIL (Arcil Cerâmica, Arcil Madeiras, Lar da Arcil 1 e 2 da Santa Casa de Misericórdia, Sapo e Residência do Penedo); BAR “Window’s” (também uma ementa em braille); BAR 94; Bombeiros Voluntários de Serpins; Café “A Cave”; Centro de Saúde da Lousã; Centro Diety - Centro Ortopédico e Dietético Tivoli; Cine-Bar; Cine-Teatro da Lousã; Fabimoda (Serpins); Intermarché; Lidl; Livraria “Magro”; Loja de Móveis “Barata” (Serpins); Loja de roupa “Charme”; Loja de roupa Multimax; Loja de roupa Picolly; Padaria /Pastelaria “Sonho Doce” (Serpins); Pastelaria “Jardim”; Pastelaria “Luz Verde”; Pastelaria Pagelou; Pousada de Juventude da Lousã; Quiosque da Romy; R.H. Equipamentos Hoteleiros.; Repartição de Finanças da Lousã; Restaurante “Adega da Vila”; Seguros “A Serrana”; Studio Concept - Arquitectura e Decoração; Supermercado de Serpins; Taberna “O Coelho” (Serpins); Talho “Avenida”; Tipografia Lousanense e Santa Casa de Misericórdia da Lousã.
Maria João Borges 16 Janeiro 2008
Fonte: Jornal Trevim