Provedor foi à Guarda falar de Turismo desportivo acessível
O Instituto Politécnico da Guarda convidou o Provedor, José Ernesto Carvalhinho para fazer uma comunicação sobre Turismo Desportivo acessível, nas II Jornadas de Turismo e Desporto, que se realizou no dia 6 de Maio.
Esteve também presente como prelector, Filipe Carvalho, Técnico de Gestão e Planeamento de Turismo e elemento do Grupo Técnico da Provedoria.
Ambos abordaram a temática do turismo acessível, referindo a importância da realização de um Congresso “Turismo Acessível”, na Lousã, como ponto de partida para uma mudança de mentalidades.
“É importante termos um mercado aberto e acessível a todos, uma vez que as condições acessíveis significam um maior nível de qualidade dos serviços e conforto para todos os potenciais utilizadores, tal poderá resultar numa maior procura dos mesmos”, salientaram.
Quando se fala em turismo acessível, tem que se ter em conta “ a oferta de infra-estruturas, equipamentos e serviços turísticos que de algum modo foram adaptados, para estarem acessíveis a todos” Existem muitas pessoas com incapacidade que mesmo desejando usufruir dos mesmos direitos ao lazer, ao desporto, às férias e às viagens como o resto dos cidadãos, acabam por desistir quando se dão conta que os serviços turísticos não estão minimamente organizados para atender às suas necessidades.
A questão do Desporto adaptado é uma das áreas importantes, quando se fala em Turismo acessível. Todas as pessoas com incapacidade podem praticar qualquer tipo de desporto, desde que o mesmo esteja adaptado às suas necessidades. Como por exemplo: basquetebol em cadeira de rodas, futebol para cegos, vela adaptada, rugby em cadeira de rodas, ciclismo em cadeira de rodas, parapente em cadeira de rodas, esgrima em cadeira de rodas, etc (…).
Ambos os oradores focaram a questão da acessibilidade como sendo uma preocupação transversal aos agentes do Turismo Activo. A complexidade da problemática da acessibilidade coloca grandes desafios aos agentes do Turismo Activo.
Não é fácil, num produto turístico muito dependente de diversificados factores humanos, logísticos e materiais, responder simultaneamente às múltiplas especificidades das pessoas com incapacidades.
Quando os agentes turísticos decidem investir neste mercado, há alterações a fazer nos seus serviços, para colherem resultados positivos. Estas alterações a efectuar nos serviços públicos e privados devem ser dirigidas para toda a diversidade humana, sendo baseadas no desenho para todos.
Contudo, há que ter em atenção não especializar os seus serviços só para pessoas com incapacidade. O Turismo Acessível deve ser direccionado para todas as pessoas, só assim se tornará inclusivo.
Isabel Dias
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