O congresso da Sociedade Portuguesa de Engenharia de
Reabilitação e Acessibilidade (SUPERA), realizado na Lousã, dia 27, mostrou que
é possível fazer tecnologias de apoio com as próprias mãos e a baixo custo,
através do uso de materiais recicláveis
Cláudia Ribeiro apresentou um guia criado por si, no âmbito
do mestrado em Engenharia da Reabilitação, em que mostra como se podem fazer em
casa produtos simples que podem resolver situações complexas. "Este guia
tem o propósito de oferecer uma lista de produtos de apoio funcionais e mais
baratos, promovendo a autonomia", referiu a investigadora, sublinhando que
o guia apresenta dicas em diversas categorias para ajudar as pessoas no seu
dia-a-dia, nomeadamente nas áreas da alimentação, higiene e vestuário,
recreação e lazer, entre muitas outras. "O objetivo é transmitir a
informação de que os produtos de apoio de baixo custo existem e que há a
capacidade de os criar de forma sustentável", referiu ao Trevim o
presidente da SUPERA, David Fonseca, aludindo aos objetivos do congresso,
intitulado "Acessibilidade Sustentável".
Cláudia Ribeiro
integra o grupo de engenheiros de reabilitação, um curso que só é ministrado na
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e que está condenado a fechar.
Conforme explicou Francisco Godinho, o coordenador desta formação, a falta de
procura levou a reitoria a não permitir a abertura de mais vagas.
No entanto, a importância do curso, sobretudo para a formação
de profissionais para trabalharem em empresas fornecedoras de produtos de
apoio, câmaras municipais, entre outras entidades, leva a Sociedade Portuguesa
de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade a lutar pela sua continuidade
"A SUPERA vai tentar colocar o curso noutra universidade", disse ao
Trevim o líder da associação, argumentando que a população está cada vez mais
envelhecida que precisa de tecnologias para melhorar a sua qualidade de vida.
O guia para criação de produtos de apoio pode ser encontrado
no endereço http://www.portugalacessivel.com/