Projecto “Lousã: destino turístico acessível” é uma das prioridades no novo mandato do Provedor
O Provedor, Professor José Ernesto Carvalhinho considera que “o trabalho iniciado merece uma continuação, pelo que, no segundo mandato, além do projecto “Lousã: destino turístico acessível”, inclui nas linhas estratégicas da Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade a elaboração de um plano global de acessibilidade para a Lousã.
O Provedor dará continuidade ao levantamento das acessibilidades aos edifícios e espaços de utilização pública, de modo a propor a sua acessibilização.
O levantamento dos espaços turísticos, propondo a sua acessibilização, miradouros, parques de merendas, piscinas fluviais etc está também na agenda de José Ernesto Carvalhinho que pretende efectuar um diagnóstico concelhio das pessoas com incapacidade.
A implementação do Selo “Lousã Acessível” e apoio à sua evolução para um sistema de certificação com o apoio do Instituto Nacional para a Reabilitação, a promoção de acções de formação para técnicos promotores da urbanização da Lousã e o desenvolvimento do Programa SIM-PD (Serviço de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência) são outros dos objectivos de José Ernesto Carvalhinho, que aposta, também, no desenvolvimento e valorização das parcerias locais, nacionais e internacionais “de forma a prestar aos cidadãos com deficiência /incapacidade, uma melhor qualidade de vida e uma efectiva integração social”.
Na sessão de tomada de posse do Provedor, que contou com a participação de Fernando Carvalho, presidente da Câmara Municipal da Lousã, e de Luísa Portugal, directora do Instituto Nacional para a Reabilitação, foi apresentado o projecto "Lousã: destino turístico acessível", que se encontra em fase de conclusão e surge como condição de integração das funções humanas do território, para o diferenciar relativamente a destinos turísticos concorrentes, garantindo as melhores condições para os turistas portadores de incapacidade.
Fernando Carvalho, presidente da Câmara Municipal da Lousã, criticou “os que nada fazem e que estão mais interessados em destruir muito que se tem feito nesta área no concelho”, salientando o investimento efectuado no sector do turismo nos últimos anos e que, a partir dos projectos em desenvolvimento, irá "agregar o turismo acessível para todos".
"Pretendemos deixar de ter barreiras para aqueles com algumas dificuldades", sublinhou o autarca.
Para a directora do Instituto Nacional para a Reabilitação, Luísa Portugal, presente na cerimónia que decorreu no auditório da Biblioteca Municipal da Lousã, o concelho “começa a ser um exemplo, com um percurso muito característico e personalizado, que tem na ARCIL um instrumento muito importante e que atingiu um nível de quase excelência".
A Lousã, acrescentou Luísa Portugal, “já completou a parte mais difícil do trabalho que é sermos capazes de falar sobre o preconceito, as discriminações, perceber e valorizar que há pessoas diferentes, trabalhar para inclui-las no dia-a-dia da comunidade”.
Miguel Ferreira
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