Wednesday, January 16, 2008

Câmara e Provedoria apostam em concelho acessível – Projecto pioneiro

Sr. Provedor

A câmara e a Provedoria Municipal das Pessoas com Deficiência da Lousã anunciaram ontem a apresentação, para breve, de um plano de acção do projecto "Lousã: destino turístico acessível".

Fernando Carvalho, presidente da autarquia, salientou o investimento efectuado no sector do turismo nos últimos anos, referindo que agora quer "agregar o turismo acessível para todos".

"Pretendemos deixar de ter barreiras para aqueles com algumas dificuldades", acrescentou o autarca socialista, que anunciou para este ano alguns investimentos nesta área na apresentação esta tarde do projecto.

"Lousã: destino turístico acessível", cujo plano de acção está em fase de conclusão, "surge como condição de integração das funções humanas do território, para o diferenciar relativamente a Destinos Turísticos concorrentes", de modo a acolher o mercado dos turistas portadores de incapacidade.

O estudo vai definir a oferta de estruturas e serviços turísticos acessíveis a todos e preconiza a constituição de uma Estrutura de Missão que crie as condições para a entidade coordenadora que assumirá o plano de acção.

Na sessão de apresentação do projecto, tomou posse como provedor municipal o antigo presidente da Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã (ARCIL), José Ernesto Carvalhinho, que foi convidado para um segundo mandato de quatro anos.

"O trabalho iniciado merece uma continuação. Na Lousã a integração das pessoas com mobilidade reduzida ou incapacidade é facilitada pelo trabalho da ARCIL, pelo que o avanço nesta área no concelho se deve ao trabalho desenvolvido pela instituição", frisou o provedor.

Presente na cerimónia, a directora do Instituto Nacional para a Reabilitação, Luísa Portugal, afirmou que a "Lousã começa a ser um exemplo, com um percurso muito característico e personalizado, que tem na ARCIL um instrumento muito importante".

"A verdade é que há outras instituições também interessantes e pessoas sensibilizadas noutros locais e noutras comunidades, que não atingiram este nível de quase excelência", sublinhou.

"A Lousã ainda não é completamente um destino turístico acessível mas eu penso que já completaram a parte mais difícil do trabalho que é sermos capazes de falar sobre o preconceito, as discriminações, perceber e valorizar que há pessoas diferentes, trabalhar para inclui-las no dia-a-dia da comunidade", acrescentou.

Foram ainda entregues na sessão 33 selos "Lousã Acessível" a entidades privadas e públicas, que certifica os estabelecimentos que recebem público e possuam condições de acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada.

A Provedoria Municipal das Pessoas com Deficiência da Lousã tem como missão dinamizar a criação de novas situações que favoreçam as pessoas com mobilidade reduzida e dar resposta aos portadores de deficiência para que tenham acessos mais simples e fáceis às entidades públicas e privadas.

Fonte: Diário as Beiras

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