A Lousã é um «farol que vai à frente dos municípios portugueses» no turismo acessível para todos, afirmou ontem Jorge Umbelino, do conselho directivo do Turismo de Portugal, na cerimónia de entrega do selo «Lousã Acessível» a 40 novos estabelecimentos que se tornaram acessíveis a pessoas com incapacidade.
«O turismo acessível é uma questão de inteligência por dois motivos: primeiro porque se trata de um exercício de cidadania e cultura e, por outro lado, pelas razões económicas», frisou o responsável, destacando a dimensão de negócio que, no futuro, vai resultar do facto das pessoas viverem mais tempo e, consequentemente, mais condicionadas fisicamente.
Salientando que o projecto “Lousã, Destino de Turismo Acessível” é «único e olímpico», Jorge Umbelino destacou a iniciativa daquele município por se tratar de um projecto colectivo, que envolve todos os sectores da comunidade.
A subdirectora do Instituto Nacional para a Reabilitação, Alexandra Pimenta, que também interveio na sessão, considerou o projecto da autarquia da Lousã um «exemplo» que é frequentemente apontado em reuniões no estrangeiro como um modelo a seguir.
Alexandra Pimenta salienta que o projecto da Lousã envolve autarquia, agentes económicos, instituições e população só assim «se consegue uma sociedade inclusiva para todos».
Com a atribuição de mais 40 selos “Lousã Acessível”, o concelho possui actualmente 108 estabelecimentos certificados, segundo adiantou o Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade, José Ernesto Carvalhinho, entidade responsável pela atribuição dos dísticos.
Para o presidente da autarquia, Fernando Carvalho, o turismo acessível é já «uma imagem de marca da Lousã».
O autarca socialista congratula-se pelo facto do seu município constituir o «primeiro destino acessível certificado», adiantando que está em fase de aprovação uma outra parte do projecto, no âmbito de uma candidatura conjunta com Ávila e Palma de Maiorca, que visa a intervenção pública em espaços urbanos.
O evento serviu ainda para a apresentação da Escapadinha “Lousã acessível”, um fim-de-semana que será comercializado pela Accessible Portugal, a primeira agência de viagens nacional direccionada para pessoas com mobilidade condicionada.
No âmbito desta temática, realiza-se hoje na Lousã uma sessão de trabalho para sensibilizar técnicos e empresários da construção civil para a necessidade das acessibilidades serem um factor a considerar logo na elaboração dos projectos de arquitectura e não um «apêndice», como sucede actualmente.
Fonte: “Diário de Coimbra”
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