Descrição da foto: Congresso Turismo Acessível
Um turismo acessível é mais apetecível e rentável. Ter locais, a que todos possam ter acesso, equivale a um duplo ganho: o cidadão com mobilidade reduzida pode ter férias com qualidade e empresas turísticas avolumam o negócio
Os intervenientes no congresso “Turismo Acessível”, realizado dia 20 no Meliá Palácio da Lousã, foram unânimes na defesa da ideia de que locais turísticos sem grandes obstáculos, com rampas e espaços amplos são mais apetecíveis do que outros com escadas ou passeios irregulares. Ou seja: o que é adaptado a cidadãos com mobilidade condicionada é melhor para qualquer pessoa.
“Cidades mais acessíveis são turisticamente mais apetecíveis”, referiu categoricamente Paula Teles, coordenadora nacional da rede de cidades e vilas acessíveis para todos. Para a especialista, que trabalha há três anos para criar um país com mais acessibilidade, há uma série de óbices ao turismo para todos. Os estacionamentos abusivos, a sinalética desorganizada, as caldeiras das árvores, os pavimentos irregulares, a falta de transportes adequados, caixotes do lixo nos passeios ou mesmo os ecopontos são entraves à mobilidade tranquila e sem esforço. “Na nova concepção de turismo para todos não basta que os hotéis estejam acessíveis, mas que os espaços do local que se visita reúnam condições para que todos, sem excepção, o possam visitar. É importante que os centros históricos das localidades sejam acessíveis, bem como todos os espaços. Ninguém tira férias para ficar só no hotel”, enfatizou Paula Teles, alertando para o facto de Portugal ainda não ter nenhuma vila ou cidade acessível. “Temos pedaços de vilas e de cidades acessíveis”, declarou, salientando a importância das parcerias entre as instituições, as autarquias e a população.
“O nosso país tem de criar hotéis, resorts e espaços acessíveis. Daria um salto muito grande em termos económicos”, realçou, lembrando que o cidadão com deficiência nunca viaja sozinho. Para serem criadas as condições para que este público-alvo possa estar num local com qualidade, a especialista enumerou algumas das dificuldades do cidadão com incapacidade que devem ser equacionadas: alojamento, deslocação, chegada, excursões, local para fazer compras, entre outras.
Vítor Neto, que deu o mote para o congresso, analisando as tendências actuais do turismo, chamou a atenção para o facto de o turismo se fazer explorando os recursos naturais de cada região. “Seria um erro imitar o Algarve”, referiu, realçando que as beiras têm de estar preparadas para fazer uma oferta global de turismo baseado no que de mais autêntico tem para oferecer. Salientou também que não são só os hotéis que fazem o turismo, mas também as acessibilidades, a paisagem, as indústrias de lazer, as próprias pequenas e médias empresas.
Vítor Neto sublinhou ainda que todo o turista é diferente. “Os cidadãos com deficiência são também muito diferentes entre si, por isso temos uma oportunidade fantástica para criar propostas diferenciadas para todos os tipos de deficiência. Por outro lado, há a necessidade de criar condições a nível dos cuidados de saúde, dos serviços públicos e dos técnicos especializados. “Há épocas baixas que necessitam de ser revitalizadas”, chamou a atenção
Fonte: Jornal Trevim
Um turismo acessível é mais apetecível e rentável. Ter locais, a que todos possam ter acesso, equivale a um duplo ganho: o cidadão com mobilidade reduzida pode ter férias com qualidade e empresas turísticas avolumam o negócio
Os intervenientes no congresso “Turismo Acessível”, realizado dia 20 no Meliá Palácio da Lousã, foram unânimes na defesa da ideia de que locais turísticos sem grandes obstáculos, com rampas e espaços amplos são mais apetecíveis do que outros com escadas ou passeios irregulares. Ou seja: o que é adaptado a cidadãos com mobilidade condicionada é melhor para qualquer pessoa.
“Cidades mais acessíveis são turisticamente mais apetecíveis”, referiu categoricamente Paula Teles, coordenadora nacional da rede de cidades e vilas acessíveis para todos. Para a especialista, que trabalha há três anos para criar um país com mais acessibilidade, há uma série de óbices ao turismo para todos. Os estacionamentos abusivos, a sinalética desorganizada, as caldeiras das árvores, os pavimentos irregulares, a falta de transportes adequados, caixotes do lixo nos passeios ou mesmo os ecopontos são entraves à mobilidade tranquila e sem esforço. “Na nova concepção de turismo para todos não basta que os hotéis estejam acessíveis, mas que os espaços do local que se visita reúnam condições para que todos, sem excepção, o possam visitar. É importante que os centros históricos das localidades sejam acessíveis, bem como todos os espaços. Ninguém tira férias para ficar só no hotel”, enfatizou Paula Teles, alertando para o facto de Portugal ainda não ter nenhuma vila ou cidade acessível. “Temos pedaços de vilas e de cidades acessíveis”, declarou, salientando a importância das parcerias entre as instituições, as autarquias e a população.
“O nosso país tem de criar hotéis, resorts e espaços acessíveis. Daria um salto muito grande em termos económicos”, realçou, lembrando que o cidadão com deficiência nunca viaja sozinho. Para serem criadas as condições para que este público-alvo possa estar num local com qualidade, a especialista enumerou algumas das dificuldades do cidadão com incapacidade que devem ser equacionadas: alojamento, deslocação, chegada, excursões, local para fazer compras, entre outras.
Vítor Neto, que deu o mote para o congresso, analisando as tendências actuais do turismo, chamou a atenção para o facto de o turismo se fazer explorando os recursos naturais de cada região. “Seria um erro imitar o Algarve”, referiu, realçando que as beiras têm de estar preparadas para fazer uma oferta global de turismo baseado no que de mais autêntico tem para oferecer. Salientou também que não são só os hotéis que fazem o turismo, mas também as acessibilidades, a paisagem, as indústrias de lazer, as próprias pequenas e médias empresas.
Vítor Neto sublinhou ainda que todo o turista é diferente. “Os cidadãos com deficiência são também muito diferentes entre si, por isso temos uma oportunidade fantástica para criar propostas diferenciadas para todos os tipos de deficiência. Por outro lado, há a necessidade de criar condições a nível dos cuidados de saúde, dos serviços públicos e dos técnicos especializados. “Há épocas baixas que necessitam de ser revitalizadas”, chamou a atenção
Fonte: Jornal Trevim
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