Foi um salão nobre cheio aquele que ontem aplaudiu, em pé, o
novo provedor da Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade da Lousã,
João Henriques, numa cerimónia onde este e o próprio grupo técnico e o recém criado Conselho Consultivo tomaram posse, assinalando a
continuidade de um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos
no concelho.
João Henriques assumiu-se preparado para abraçar este desafio
que já acarinha desde 2006, altura em que se tornou assessor do primeiro
provedor das pessoas com incapacidade da Lousã, Ernesto Carvalhinho, que, agora
passará a coordenar o recém criado Conselho Consultivo confessando esperar
«fazer o melhor», e pedindo «ao grupo técnico criatividade para defender os
direitos de todos» e a «colaboração de todos os lousanenses» neste trabalho.
«Pedi ao grupo técnico empenho e criatividade porque nos
tempos que vivemos se não formos criativos torna-se tudo mais difícil»,
explicou aos jornalistas, à margem da cerimónia, assumindo que não havendo
financiamento para grandes obras, há pequenas, grandes coisas que podem começar
desde já a ser feitas.
«A educação para a acessibilidade vai ser uma das grandes
bases, porque as crianças serão o futuro deste país e é nelas que a provedoria
deve investir», assinalou, explicando que a provedoria vai apostar essencialmente
em «ações de sensibilização, seminários e outras iniciativas do género».
Como provedor, assume, pretende trabalhar em contacto
permanente com os cidadãos. «Tento estar sempre muito perto do cidadão, ando sempre
pela rua e penso que isso cria uma maior proximidade», salienta, sublinhando
que já trabalhava assim enquanto assessor do provedor.
Já a equipa que o acompanha é para o responsável a ideal.
«São as pessoas certas para o local certo, tanto no grupo técnico, como no
Conselho Consultivo», defende, salientando que decidiu criar este órgão, de
forma a integrar pessoas com provas dadas nesta área que possam aconselhar a
provedoria. Em suma, um provedor escolhido por ser uma pessoa «reconhecida por
todos, um lousanense, um cidadão com incapacidade e ao mesmo tempo uma pessoa
com vastos conhecimentos nesta área», como salientou o presidente da Câmara
Municipal. «É uma pessoa que tem ideias bem definidas relativamente ao que é
necessário realizar», assinalou ainda Luís Antunes, defendendo tratar-se de
«uma escolha acertada, justa para dar continuidade ao trabalho que é preciso
desenvolver».
Um trabalho que, como explicou o edil, foi lançado em 2003,
com a criação daquela que foi a segunda provedoria para as pessoas com
incapacidade no país, tendo agora sido reativada depois da saída do anterior
provedor, em 2010.
«De há algum tempo a esta parte tínhamos a intenção de
reativar esta estrutura», assumiu o edil, concluindo pretender «continuar o
trabalho desenvolvido nos últimos anos, e que a provedoria possa contribuir
para que a qualidade de vida seja melhor, e para que a comunidade da Lousã seja
uma comunidade mais inclusiva e solidária».
Fonte: Diário de Coimbra
Fonte: Diário de Coimbra
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