Tuesday, November 18, 2008

3.ª CERIMÓNIA DE ENTREGA DO SELO “LOUSÃ ACESSÍVEL”

Auditório da Biblioteca Municipal da Lousã

Foi no dia 13 de Novembro de 2008


15h30m - Sessão de Abertura

— Fernando Carvalho – Presidente da Câmara Municipal da Lousã
— Luísa Portugal – Directora do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P.
— Jorge Umbelino – Vogal do Conselho Directivo do Turismo de Portugal, I.P.
— Pedro Machado – Presidente do Turismo do Centro de Portugal

16h15m
— José Ernesto Carvalhinho – Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade da Lousã
— Ana Garcia - Sócia gerente da Accessible Portugal
- Apresentação da Escapadinha “ Lousã Acessível”
— José Arruda – Associação de Deficientes das Forças Armadas
— Mieke Broeders – Associação especializada em Turismo e Acessibilidades “ Toegankelijkheidsbureau”
— Ivor Ambrose - Director Executivo da ENAT (European Network for Accessible Tourism)

16h30m
● Entrega de 37 Selos “Lousã Acessível” a estabelecimentos públicos e privados do concelho da Lousã

Moderador: Filipe Carvalho – Coordenador do projecto “Lousã, Destino de Turismo Acessível”

Monday, November 17, 2008

Lousã é o “farol” do turismo acessível em Portugal

selo Lousã

A Lousã é um «farol que vai à frente dos municípios portugueses» no turismo acessível para todos, afirmou ontem Jorge Umbelino, do conselho directivo do Turismo de Portugal, na cerimónia de entrega do selo «Lousã Acessível» a 40 novos estabelecimentos que se tornaram acessíveis a pessoas com incapacidade.

«O turismo acessível é uma questão de inteligência por dois motivos: primeiro porque se trata de um exercício de cidadania e cultura e, por outro lado, pelas razões económicas», frisou o responsável, destacando a dimensão de negócio que, no futuro, vai resultar do facto das pessoas viverem mais tempo e, consequentemente, mais condicionadas fisicamente.

Salientando que o projecto “Lousã, Destino de Turismo Acessível” é «único e olímpico», Jorge Umbelino destacou a iniciativa daquele município por se tratar de um projecto colectivo, que envolve todos os sectores da comunidade.

A subdirectora do Instituto Nacional para a Reabilitação, Alexandra Pimenta, que também interveio na sessão, considerou o projecto da autarquia da Lousã um «exemplo» que é frequentemente apontado em reuniões no estrangeiro como um modelo a seguir.

Alexandra Pimenta salienta que o projecto da Lousã envolve autarquia, agentes económicos, instituições e população só assim «se consegue uma sociedade inclusiva para todos».

Com a atribuição de mais 40 selos “Lousã Acessível”, o concelho possui actualmente 108 estabelecimentos certificados, segundo adiantou o Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade, José Ernesto Carvalhinho, entidade responsável pela atribuição dos dísticos.

Para o presidente da autarquia, Fernando Carvalho, o turismo acessível é já «uma imagem de marca da Lousã».

O autarca socialista congratula-se pelo facto do seu município constituir o «primeiro destino acessível certificado», adiantando que está em fase de aprovação uma outra parte do projecto, no âmbito de uma candidatura conjunta com Ávila e Palma de Maiorca, que visa a intervenção pública em espaços urbanos.

O evento serviu ainda para a apresentação da Escapadinha “Lousã acessível”, um fim-de-semana que será comercializado pela Accessible Portugal, a primeira agência de viagens nacional direccionada para pessoas com mobilidade condicionada.

No âmbito desta temática, realiza-se hoje na Lousã uma sessão de trabalho para sensibilizar técnicos e empresários da construção civil para a necessidade das acessibilidades serem um factor a considerar logo na elaboração dos projectos de arquitectura e não um «apêndice», como sucede actualmente.

Fonte: “Diário de Coimbra”

Lousã pensa "à frente"

provedor pensa a frente

ERNESTO CARVALHINHO

Lousã pensa "à frente"

Com a aprovação da candidatura ao Programa Operacional de Potencial Humano, afirma Ernesto Carvalhinho, Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade, e com a equipa que está em formação "estão criadas as condições para fazer da Lousã um lugar diferente e muito bom para quem nele habita e para quem o visita, especialmente as pessoas com incapacidade".


As pessoas que já aderiram ao projecto têm um papel importante a desempenhar: "pretendemos que tragam outras, de modo a que existe uma adesão forte de quem habita e de quem tem negócios no concelho". Por outro lado, explica Ernesto Carvalhinho, o projecto permitirá conhecer com detalhe a realidade da Lousã no capítulo da incapacidade, de modo "a encontrar medidas que resolvam este tipo de situações".


O provedor salienta as parcerias nacionais e internacionais estabelecidas até ao momento na sequência de um projecto que tornará o concelho o primeiro destino acessível do país, mas "qualificando de uma forma geral o turismo da Lousã".

Várias entidades locais "têm consciência dos benefícios" do projecto de que Ernesto Carvalhinho é um dos principais obreiro e, de acordo com o planeamento de obra já aprovados, "as pessoas vão sentir já no próximo ano mudanças concretas".

Para o Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade o projecto representa uma alteração radical no nível de intervenção. "Os objectivos e a actividade da provedoria passa de um nível de realização meramente local e, se quiser, da obrinha, para um trabalho global. Neste momento está em estudo um plano de acessibilidades que vai permitir ter legislação e perceber do que a Lousã precisa para ser mais acessível".

O projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível" está "a mexer com o núcleo da sociedade e está a dotar todos os habitantes, e não só os habitantes com incapacidade, com um nível de resposta melhor".

Fonte: “Diário as Beiras”

Wednesday, November 5, 2008

Acessibilidade à qualidade de vida

Dr. Filipe


FILIPE CARVALHO Coordenador do projecto

Acessibilidade à qualidade de vida

Mário Nicolau

Com o projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível", o concelho tem muito a ganhar em várias frentes.

Requisitado ao Ministério da Economia, Filipe Carvalho assumiu a 1 de Setembro deste ano a coordenação do projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível".



Tornar a Lousã o primeiro destino de turismo acessível de Portugal é o principal objectivo do projecto, que "criará um conjunto de condições ao nível do turismo e das acessibilidades, eliminando barreiras físicas e arquitectónicas de modo a que todos os cidadãos possam usufruir de tudo o que a Lousã oferece".



De acordo com o projecto, foi criado o selo "Lousã Acessível", no âmbito da Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade, que sinaliza os estabelecimentos públicos e privados, empresas e instituições que "possuem condições de acessibilidade ou espaços para pessoas com incapacidade". Não garante, acrescenta, "100 por cento de acessibilidade, mas é um princípio que está em desenvolvimento e no próximo 10 de Novembro serão entregues mais 45 selos a várias instituições, pelo que, com os 68 que já foram entregues, será ultrapassada a centena de espaços públicos e privados com esta marca".



Neste momento, considera Filipe Carvalho, "já temos uma oferta turística acessível, tendo em conta que temos um conjunto unidades hoteleiras - hotel, pousada da Juventude, unidades de turismo rural e uma pensão -, de restauração - bares, restaurantes e discoteca - e vários serviços que estão de acordo com as exigências". A loja de xisto do Candal, que vende artesanato, também é acessível. Por outro lado, Fernando Carvalho, presidente da Câmara Municipal da Lousã pretende que no próximo de concurso para licenças de táxi incluirá uma para um veículo adaptado a pessoas com mobilidade reduzida. As obras no Metro de superficie, por acção da autarquia e da própria Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade, são "influenciadas" pelo desenvolvimento do projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível".



O cruzamento do turismo de natureza com o turismo acessível é outra das vertentes do projecto. "Pretendemos desenvolver um turismo de natureza mais acessível, criando nos espaços naturais condições de fácil acesso para todos independentemente da idade, ou seja, idosos, pessoas com limitação temporária ou incapacidade permanente, seja uma criança num carrinho de bebé.





Estamos, no fundo, a falar do conceito europeu: turismo para todos".



A "cultura de acessibilidade" existente no concelho favorece a evolução do projecto, pois, afirma Filipe Carvalho, "a ARCIL educou as consciências e alertou para a necessidade de criar condições para os utentes da instituição e para a própria população, pois é bom lembrar que este projecto representa uma melhoria, num primeiro nível, para a vida dos residentes e de quem visita a Lousã".



A aceitação do projecto nos "institutos, direcções regionais e outros organismos", acrescenta, "pode considerar-se invulgar e neste caso temos encontrado mais facilidades do que dificuldades", contando com "apoios fortes a nível central e regional desde a nova Entidade Regional de Turismo, que assume este projecto como marca da nova área, passando pelas organizações ligadas ao Ministério da Economia, à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional".



Além da candidatura ao Programa Operacional de Potencial Humano, "que já está aprovada e que permite a instalação da equipa técnica, incluindo também a concepção de conteúdos, troca de experiências, lançamento de iniciativas acessíveis, estudos de acessibilidade, entre outras", foi, também, lançada uma candidatura ao projecto Intereg, que prevê a criação de uma rede de destinos de turismo acessível a nível europeu. "A Câmara Municipal da Lousã, que tem a motivação do turismo de natureza, é a chefe de fila do projecto que integra Ávila, cidade património mundial, e Las Palmas, que é um destino de sol e mar, explica o coordenador do projecto.



Para o próximo mês, na Lousã, está agendada uma reunião com responsáveis da European Network for Acessible Tourism, de que a Lousã faz parte e que integra várias empresas portuguesas, nomeadamente a Accessible Portugal, a primeira agência de viagens especializada neste sector e "que tem especial interesse no projecto que estamos a desenvolver". Os responsáveis da agência "já estiveram na Lousã e, neste momento, estamos a propor programas numa ligação directa ao mercado e aos operadores".



Por último, a candidatura ao Programa Operacional Temático de Valorização do Território prevê a intervenção ao nível das infra-estruturas, ou seja, remodelação de vias de comunicação.

Fonte: “Diário as Beiras”

Estratégia não é de agora

Dr. Fernando

FERNANDO CARVALHO

Estratégia não é de agora

O presidente da Câmara Municipal da Lousã sublinha as virtudes do projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível", mas lembra que o trabalho, nas acessibilidades, já vem de trás.

Sem a aprovação da candidatura ao Programa Operacional de Potencial Humano (POPH), afirma Fernando Carvalho, os objectivos do projecto "Lousã, Destino de Turismo Acessível" seriam "concretizados num espaço de tempo mais alargado".



Segundo o autarca "esta candidatura não está sozinha, existindo uma outra ao Intereg e mais uma, em termos de obra física, ao plano operacional de valorização do território".



Neste momento, o concelho é uma referência quer a nível nacional, quer a nível internacional neste domínio e, explica Fernando Carvalho, "conta com um conjunto de colaborações neste projecto que conduziu, com base na experiência anterior e adquirida no terreno, na procura de soluções para os problemas das acessibilidades, ao êxito da candidatura".



Nos últimos anos, no capítulo das acessibilidades, garante Fernando Carvalho, "e sem que estivesse aprovada" candidatura ao Programa Operacional de Potencial Humano, pelo que "já tínhamos preocupações a esse nível". A intervenção na Rua Pires de Carvalho, na Praia Fluvial de Casal de Ermio e a requalificação da Praceta do Mercado são exemplos das intervenção realizadas antes da aprovação da candidatura ao POPH, "o que demonstra que já tínhamos trabalho feito, não propriamente na área do turismo, mas numa área mais ampla, ou seja, em termos de acessibilidade total".



Resolver a questão das "acessibilidades para todos" é o principal objectivo de um projecto que terá consequências no tecido económico e social do concelho da Lousã. "No caso concreto do turismo, vamos passar a ter uma oferta de serviços que hoje não existem. Quem nos visite, agora, e que tenha incapacidade permanente dificilmente encontrará uma resposta ideal. Queremos ter um conjunto de serviços para oferecer às pessoas com incapacidade, o que é um nicho de mercado importante. Aliás, no próximo número da revista portuguesa especializada no turismo acessível, a Lousã surgirá já como uma referência nesta área", conclui.

Fonte: “Diário as Beiras”